São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010 |
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Folha tem acesso a todos telegramas sobre o Brasil DE BRASÍLIA A Folha passará a publicar nas próximas semanas novas reportagens que terão como ponto de partida telegramas produzidos por diplomatas dos Estados Unidos sobre o Brasil. Os documentos confidenciais foram obtidos pela organização não governamental WikiLeaks. A Folha publicou com exclusividade durante a semana passada reportagens usando 24 telegramas da diplomacia americana, sobre temas como terrorismo e a licitação de caças da Aeronáutica. Agora, o jornal teve acesso completo a todos os 2.903 documentos que mencionam o Brasil e foram produzidos aqui ou no Departamento de Estado norte-americano, em Washington. O WikiLeaks já repassou os dados à Folha para que as informações possam ser mais bem processadas e reportagens mais completas possam ser realizadas. O objetivo do jornal é utilizar o conteúdo dos telegramas diplomáticos como ponto de partida para eventuais reportagens, quando houver interesse público e jornalístico. ACORDO As condições principais impostas pelo WikiLeaks para repassar os telegramas são as seguintes: 1) que a ONG seja mencionada como fonte das informações; 2) que o jornal use critérios jornalísticos e verifique de forma responsável cada telegrama antes de publicá-lo de maneira a não colocar a vida de alguém em perigo; 3) que os telegramas sejam divulgados na íntegra após a publicação das reportagens. O próprio WikiLeaks também divulgará todos os documento de maneira aberta em seu site depois de as reportagens serem publicadas. A Folha não tem obrigação de publicar reportagens nem de utilizar todos os documentos recebidos. A utilização dos documentos obedecerá critérios jornalísticos, sem a interferência do WikiLeaks. PUBLICAÇÕES No Brasil, a exclusividade de acesso aos telegramas que vazaram e foram obtidos pelo WikiLeaks será da Folha e do jornal "O Globo", do Rio de Janeiro. No exterior, cinco publicações tiveram acesso aos dados globais (cerca de 250 mil telegramas): os jornais "The New York Times" (Estados Unidos), "Le Monde" (França), "El País" (Espanha), "The Guardian" (Reino Unido) e a revista "Der Spiegel" (Alemanha). Texto Anterior: Jobim revelou temor sobre Venezuela, dizem EUA Próximo Texto: Judiciário: Mendes diz que Supremo pode voltar a julgar caso Cesare Battisti Índice | Comunicar Erros |
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