Em SP, Dilma ataca investimento de Serra na área social e as políticas de saúde e educação do Estado, há 16 anos com o PSDB

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, escolheu São Paulo como palanque para desqualificar promessa feita por seu principal adversário, José Serra (PSDB), ex-governador do Estado, de que irá duplicar os investimentos no Bolsa Família se for eleito.
Durante todo o dia de ontem, em diversas agendas, Dilma criticou o compromisso que foi feito pelo tucano anteontem.
Em encontro com líderes comunitários da favela de Heliópolis (zona sul da capital) ela questionou: "Com que autoridade alguém que acabou de deixar o governo diz que vai dobrar o Bolsa Família, sendo que não deu o Bolsa Família no Estado?".
Segundo a petista, Serra diminuiu os investimentos em programas sociais quando esteve no comando do Palácio dos Bandeirantes.
Mais tarde, em entrevista coletiva, a ex-ministra de Lula manteve o tom crítico à promessa do tucano.
"Não se trata de duplicar ou triplicar. O Bolsa Família tem que chegar a quantas famílias forem necessárias. A questão social não é um apêndice, um anexo. Para nós, ela está no centro de todas as questões. Ela é o próprio programa de governo", afirmou.
A candidata do PT iniciou os compromissos em São Paulo com ato na praça da Sé, no centro da capital.
Sua agenda previa uma caminhada promovida por comandantes da sigla no Estado, ao lado do candidato do PT ao governo, senador Aloizio Mercadante.
Mas, para evitar que o tumulto provocado pela militância e pela imprensa atordoassem a candidata, lideranças petistas decidiram que a participação de Dilma se limitaria apenas a um discurso na praça da Sé.
A militância Dilma criticou políticas de saúde e educação desenvolvidas pelo governo de São Paulo-há 16 anos nas mãos dos tucanos- e a personalidade de José Serra. "Não sou dos que acham que podem fazer tudo sozinhos", atacou.
Ao fim do dia, a petista afirmou ainda que a oposição está fazendo "barulho por nada" sobre o fato de ela ter assinado um programa radical de governo, que depois foi substituído.


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