São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2011 |
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FOCO No Complexo do Alemão, Dilma diz sentir falta de Lula CIRILO JUNIOR FABIO GRELLET MARCO ANTONIO MARTINS DO RIO A presidente Dilma Rousseff disse sentir falta do ex-presidente Lula ao seu lado ao inaugurar ontem, no Rio, o teleférico do Complexo do Alemão, o primeiro sistema de transporte de massa por cabo do Brasil e que faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Nós sabemos que aqui falta uma pessoa. Falta o Lula. E falta o Lula porque ele colocou não só os recursos necessários. Colocou também carinho, amor e, mais do que isso, o respeito e a esperança de que esse país pode ser diferente", disse. Pouco depois, quando o governador Sérgio Cabral contou que havia ligado para o ex-presidente pela manhã e que Lula disse que assistiria à inauguração pela TV NBR (do governo federal), Dilma se emocionou e chorou. A programação da visita da presidente previa que ela andasse no teleférico até uma das estações, mas ela acabou fazendo o percurso completo, passando pelas seis construídas. O teleférico, que poderá atender até 3.000 pessoas por hora, é obra de um consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Delta Construções. A Delta pertence ao empresário Fernando Cavendish, cuja mulher e enteado estavam entre as sete vítimas de um acidente de helicóptero na Bahia, há três semanas. O grupo, juntamente com o governador Cabral, tinha viajado para a Bahia no jatinho do empresário Eike Batista, para comemorar o aniversário de Cavendish. Na cerimônia de inauguração, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, citou a Delta. "Gostaria de agradecer, principalmente, à engenharia brasileira, às construtoras que trabalharam aqui. A Odebrecht, a OAS e a Delta, por esse consórcio extraordinário." Dilma classificou o teleférico como um símbolo do PAC. Segundo ela, a obra beneficia uma população que foi abandonada por muitos anos. "Não fazemos as obras apenas pelos melhorias estruturais, mas para beneficiar vidas." TRÁFICO Mesmo com o Alemão ocupado por tropas do Exército e pela polícia desde o final do ano passado, Cabral disse que a cultura do tráfico ainda não deixou a região. "Não vamos nos iludir. Aqui ainda há ameaças. Mas desde a pacificação, só houve dois homicídios. Isso é um padrão de Primeiro Mundo", disse. O anúncio de inauguração atraiu muita gente que já queria andar ontem no teleférico. Alguns não esconderam a decepção ao saber que a viagem pelas estações só começarão hoje. Texto Anterior: Gushiken deve ser absolvido, diz procurador Próximo Texto: Marina sai e pode pedir votos contra PV Índice | Comunicar Erros |
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