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OUTRO LADO
Deputados admitem reembolsar Câmara
Parlamentares vão ressarcir Casa por uso de escritório; sobre combustível, dizem que gasto foi com mandato
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
O deputado Alexandre
Cardoso (PSB) confirmou
que chegou a guardar material de campanha no seu escritório, mas, após ser questionado pela reportagem, enviou ofício à Câmara pedindo
a devolução do valor.
"Consultei a Câmara e, como se trata de uma linha tênue, pedi o descredenciamento do escritório para
reembolso", afirmou.
Arolde de Oliveira (DEM)
também disse que reembolsará a Câmara se comprovado o equívoco. "Tenho a
preocupação de que não
ocorra. Mas, se aconteceu,
vamos corrigir", afirmou.
Sobre a coincidência no
endereço do CNPJ do comitê
e do escritório, disse que pretende corrigir. A saudação
eleitoral da telefonista foi interrompida anteontem. "[A
saudação] ocorreu porque a
secretária no escritório era
uma só", afirmou.
Embora a Folha tenha flagrado a retirada de folhetos
da campanha em seu escritório, a assessoria de Jorge Bittar (PT) negou o ocorrido e argumentou que todo o material está armazenado em um
galpão no bairro de Benfica
(zona norte do Rio).
José Genoino (PT) afirmou
que os móveis pagos em julho pela Câmara se referiam
ao mês anterior. Mas, informado que a nota fiscal tinha
vigência até o dia 15 de julho
-a campanha teve início no
dia 6 de julho-, rebateu via
assessoria dizendo que, "para ele, a campanha efetiva só
teve início no dia 19".
Gustavo Bocaleti, advogado do deputado Guilherme
Campos (DEM), argumentou
que o endereço do gabinete
em Campinas coincidir com
o CNPJ eleitoral ocorreu porque o imóvel tem diferentes
utilidades. "É um espaço onde existe o escritório do deputado e, num espaço à parte, na verdade uma salinha,
funciona a sede do DEM de
Campinas", disse. "É uma
edícula", completou.
Questionado se não haveria conflito, já que no mesmo
imóvel pode se receber doações eleitorais, ele rechaçou:
"Nossas contas nunca foram
rejeitadas pela Justiça Eleitoral. As despesas não se confundem".
COMBUSTÍVEL
A Folha enviou e-mails
para os gabinetes dos 58 deputados que usaram o limite
da verba de combustível em
julho. A maioria adotou discurso padrão para se justificar: apesar do início da campanha, os gastos foram em
atividades parlamentares.
"Mesmo de recesso, continuamos o trabalho do gabinete e também do escritório
em Brasília, onde viemos durante todo o mês, mesmo o
Congresso estando em recesso", afirmou Silas Brasileiro
(PMDB-MG).
"O uso do combustível
nesse período deu-se em razão das inúmeras atividades
parlamentares na microrregião Grande Ariquemes, nossa base", disse Ernandes
Amorim (PTB-RO).
(SN E RB)
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