São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2011

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Ministro diz que saiu para "preservar diálogo"

DE BRASÍLIA

Aplaudido de pé duas vezes, Antonio Palocci deixou o comando da Casa Civil afirmando que saiu para preservar o diálogo entre governo, base e oposição. "Se eu vim para ajudar a promover o diálogo, saio agora para ajudar a preservá-lo", discursou.
Na fala de despedida, ele ressaltou que a Procuradoria-Geral da República "confirmou" a legalidade das ações de sua empresa de consultoria, a Projeto.
"Ocorre que o mundo jurídico não trabalha no mesmo diapasão que o político. Ficar no governo com a permanência do embate político não permitiria que eu continuasse as atividades", disse.
O petista tentou destacar que partiu dele a decisão de deixar o governo. "A vida é uma luta permanente e não costumo me abater pelas pedras no caminho", afirmou. Essa é a segunda vez que ele deixa um ministério em meio a uma crise -foi ministro da Fazenda na gestão Lula.
O petista elogiou a presidente Dilma Rousseff e disse que continuará "leal" a ela. Em seguida, desejou sorte para a sua sucessora, Gleisi Hoffmann, que havia sido uma das primeiras petistas a pedir seu afastamento.
Dilma, que também discursou, lamentou a saída do "amigo", "parceiro de lutas" e "artífice da jornada vitoriosa que a elegeu". Com a voz embargada, afirmou estar "triste" com a mudança na equipe. Na despedida, desejou "boa sorte" a ele.
A presidente aproveitou para criticar o comportamento da oposição, segundo ela "quase sempre ruidosa e nem sempre justa". E ainda emendou: "Jamais ficaremos paralisados diante de embates políticos".
Sobre a nova integrante de seu ministério, a quem Dilma referiu-se como "amiga", a presidente enfatizou a imagem de gestora e pediu empenho para colocar em prática uma "agenda positiva" após a crise que derrubou o antecessor do posto. "A senadora Gleisi tem sólida formação técnica e é uma grande gestora pública", disse.
"Nossos compromissos são ousados, como é o de manter a economia em crescimento, controlar a inflação, garantir a rigidez fiscal, criar mais e mais empregos, fortalecer nossa classe média, distribuir renda e, sobretudo, assegurar que um país rico é um país sem miséria", discursou.
(MÁRCIO FALCÃO E ANA FLOR)


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