|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Solteiras dizem que homens não querem compromisso
RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO
Embora queira se casar, a
artista plástica paulistana
Joana Stefanutto, 28, continua solteira. E não é por falta
de homens no mercado, já
que o Estado de São Paulo é
um dos 21 em que a população masculina solteira é mais
numerosa que a feminina.
Joana primeiro filosofa:
"Está difícil encontrar alguém com companheirismo
e respeito, aqueles princípios
antigos do relacionamento".
Logo depois deixa os eufemismos de lado: "Hoje todo
mundo quer pegar todo
mundo. Depois dos primeiros encontros, a pessoa toma
um chá de sumiço, não telefona, não tem a decência de
pelo menos avisar que não
quer continuar".
A família pressiona Joana
pelo casamento. "Minha mãe
diz que estou ficando velha e
que não vou ficar bonitinha
para sempre", ri.
"Eu não quero ficar sozinha, lógico, mas não é por isso que vou ficar com qualquer um. Estou bem tranquila. Meu último namoro foi há
cinco anos. O próximo vai
acontecer na hora certa."
A vendedora Carolina Barbieri, 24, está no mesmo barco. "A maioria das minhas
amigas têm namorados, mas
eles não têm pretensão de casamento", conta, indignada.
E avisa: "Comigo não. Só namoro se for para me casar".
Em Brasília, ao contrário
de SP, há "excesso" de mulheres. Solteiras, as consultoras financeiras Thayse Lopes, 23, Luiza Lima, 28, Patrícia Milhomem, 30, e Melissa
Rodrigues, 31, reclamam.
"Os homens daqui estão
preguiçosos, acomodados.
Sabem que sobram garotas e
não se preocupam com a
conquista", diz Luiza."É supercomplicado para nós",
afirma Melissa. "Para eles,
não. Qualquer festa tem mais
mulheres."
Colaborou a Sucursal de Brasília
Texto Anterior: Fecundidade: Índice sobe pela primeira vez na década Próximo Texto: Janio de Freitas: Rumo aos desvios Índice
|