São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2010

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Solteiras dizem que homens não querem compromisso

RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO

Embora queira se casar, a artista plástica paulistana Joana Stefanutto, 28, continua solteira. E não é por falta de homens no mercado, já que o Estado de São Paulo é um dos 21 em que a população masculina solteira é mais numerosa que a feminina.
Joana primeiro filosofa: "Está difícil encontrar alguém com companheirismo e respeito, aqueles princípios antigos do relacionamento".
Logo depois deixa os eufemismos de lado: "Hoje todo mundo quer pegar todo mundo. Depois dos primeiros encontros, a pessoa toma um chá de sumiço, não telefona, não tem a decência de pelo menos avisar que não quer continuar".
A família pressiona Joana pelo casamento. "Minha mãe diz que estou ficando velha e que não vou ficar bonitinha para sempre", ri.
"Eu não quero ficar sozinha, lógico, mas não é por isso que vou ficar com qualquer um. Estou bem tranquila. Meu último namoro foi há cinco anos. O próximo vai acontecer na hora certa."
A vendedora Carolina Barbieri, 24, está no mesmo barco. "A maioria das minhas amigas têm namorados, mas eles não têm pretensão de casamento", conta, indignada. E avisa: "Comigo não. Só namoro se for para me casar".
Em Brasília, ao contrário de SP, há "excesso" de mulheres. Solteiras, as consultoras financeiras Thayse Lopes, 23, Luiza Lima, 28, Patrícia Milhomem, 30, e Melissa Rodrigues, 31, reclamam.
"Os homens daqui estão preguiçosos, acomodados. Sabem que sobram garotas e não se preocupam com a conquista", diz Luiza."É supercomplicado para nós", afirma Melissa. "Para eles, não. Qualquer festa tem mais mulheres."


Colaborou a Sucursal de Brasília


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