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RIO GRANDE DO SUL
PT gaúcho quer acesso aos dados de investigação
Governo de tucana é suspeito de esquema de espionagem ilegal
Informações sigilosas sobre adversários de Yeda Crusius foram acessadas por sargento da Casa Militar gaúcha
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
O presidente do PT-RS, deputado Raul Pont, disse ontem que o partido pedirá
acesso aos dados da investigação do Ministério Público
do Rio Grande do Sul sobre
um suposto esquema de espionagem ilegal contra adversários da governadora Yeda Crusius (PSDB).
Ontem a Folha revelou
que há indícios de que assessores diretos da tucana pediram ou receberam dados
acessados pelo sargento César Rodrigues de Carvalho
em um sistema de uso privativo para investigações. O militar está preso.
A Promotoria não revelou
nomes dos suspeitos de integrar o aparato ilegal de espionagem. A Folha apurou que
entre eles estão o ex-chefe de
gabinete de Yeda Ricardo
Lied, o tenente-coronel Frederico Bretschneider Filho e
a assessora Sandra Terra.
Entre os políticos que tiveram dados sigilosos acessados está o candidato do PT ao
governo do Rio Grande do
Sul, Tarso Genro.
"Vamos constituir advogado para acompanhar o caso e
também pediremos providências da Assembleia Legislativa para tentar acabar com
essa divisão que funciona
dentro da Casa Militar", declarou Raul Pont.
O secretário estadual da
Transparência, Francisco Luçardo, afirmou que o governo gaúcho coopera com a investigação porque quer "tudo em pratos limpos".
Luçardo negou que tenha
conhecimento de que algum
assessor de Yeda, além do tenente Bretschneider, tenha
requisitado dados ao sargento Carvalho.
O secretário também ironizou a cobrança do PT do Rio
Grande do Sul.
"Eles [petistas] só não
acham escandaloso o que está acontecendo na Receita
Federal", disse Luçardo, numa referência à quebra de sigilo fiscal da filha do presidenciável José Serra (PSDB).
Bretschneider nega que tenha requisitado dados sobre
políticos. Lied e Terra não foram localizados ontem pela
reportagem.
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