São Paulo, sexta-feira, 09 de setembro de 2011

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Cabral defende legalização dos jogos de azar

Segundo o governador do Rio, a permissão ajudaria a arrecadar recursos para a saúde

Shana Reis/Governo RJ
Sérgio Cabral participa de evento na sede da Loterj

RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu ontem a legalização dos jogos de azar como possível fonte de financiamento à saúde, num momento em que o Congresso Nacional discute a emenda 29, que obriga a aplicar no setor percentuais de arrecadação.
A defesa se segue à crítica feita pelo governador, também nesta semana, ao fim da CPMF (imposto do cheque), outra fonte de financiamento à saúde, que ele tachou de "covardia".
Ontem, Cabral participou de um evento em que a Loterj, que explora jogos legais no Rio, doou R$ 3,8 milhões para projetos sociais na área da saúde, e afirmou que a legalização de jogos, como bingos e cassinos, poderia trazer mais recursos ao setor.
"Eu acho que o jogo no Brasil, se aberto e legalizado, poderia ser uma fonte de financiamento importante para tanta coisa. Inclusive pra saúde. Não se fala tanto em financiamento de saúde?", questionou.
E lamentou que no Brasil seja diferente. "Eu lamento que no Brasil a gente não possa modificar isso e ter jogos legalizados, organizados, controlados e com dinheiro bem aplicado", disse.
Cabral afirmou que "só no Iraque, no Afeganistão, no Iêmen e na Coreia do Norte" o jogo não é legalizado.

HIPOCRISIA
"O Brasil vive algumas hipocrisias muito fortes. Se há demanda, vai existir oferta. Então vamos organizar essa oferta, no Congresso, com uma lei direita", afirmou o governador do Rio.
Ele refutou o argumento de que os jogos impulsionariam a lavagem de dinheiro, afirmando que ela existe em várias outras atividades e sugerindo que o Brasil siga modelos de controle de outros países onde o jogo é legalizado, como os Estados Unidos.



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