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Bancada evangélica quer barrar o plano de direitos humanos
Frente cresceu de 56 para 68 congressistas eleitos e pede revisão de pontos do PNDH-3
GABRIELA GUERREIRO
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
Com um número maior de
políticos eleitos, a bancada
evangélica no Congresso já
definiu as prioridades: trabalhar contra a aprovação de
propostas como a descriminalização do aborto e contra
o PNDH-3 (Plano Nacional
dos Direitos Humanos).
O grupo-que cresceu dos
atuais 56 para 68 congressistas eleitos, segundo a frente
evangélica- tem como uma
das metas trabalhar pela extinção do programa enviado
ao Legislativo pelo governo.
"O fundamental é a revogação do PNDH-3", diz Anthony Garotinho (PR-RJ),
eleito deputado federal com
cerca de 700 mil votos.
Após forte reação, o governo tirou do programa pontos
como a revisão da lei que pune quem se submete ao aborto. Outro ponto polêmico é a
retirada dos símbolos religiosos de prédios públicos.
A bancada não considera
as mudanças suficientes. Garotinho vincula seu engajamento na campanha da presidenciável Dilma Rousseff
(PT) à retirada de temas como a garantia de direitos trabalhistas às prostitutas e a
adoção por casais gays.
Presidente da frente evangélica, o deputado João Campos (PSDB-GO) também defende a revisão: "O governo
tirou a diretriz que recomenda a descriminalização do
aborto e colocou no lugar
que considera o aborto uma
questão de saúde pública".
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) saiu em defesa de Dilma Rousseff (PT),
que, se for eleita, não vai encaminhar ao Congresso "propostas contra a vida".
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