|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
Chaui prega "boicote"
à mídia para "defender
liberdade de expressão"
Declaração foi em evento na Faculdade de Direito da USP em apoio a Dilma Rousseff
DE SÃO PAULO
A professora titular de Filosofia da USP Marilena
Chaui criticou ontem veículos de imprensa em um ato
em apoio à candidata do PT
Dilma Rousseff na Faculdade
de Direito da USP.
De acordo com reportagem do site "Rede Brasil
Atual", Chaui afirmou no ato
de ontem que lideranças de
esquerda e do PT devem deixar de atender jornalistas da
grande imprensa e realizar
uma espécie de "boicote" a
pedidos de entrevista.
"Para defender a liberdade
de expressão, é preciso não
falar com a mídia", afirmou
Chaui. A professora disse no
evento que a mídia abre espaços para figuras do PT e de
movimentos sociais apenas
para "parecer plural", porém
realiza um "controle de opinião" sobre o que é publicado, segundo relato do site.
Na manifestação, Chaui
afirmou ainda, sempre segundo o site, que "para que
ela exista [a democracia], seria preciso que, em igualdade de condições, duas ou três
ou quatro opiniões antagônicas pudessem se exprimir. O
que temos é o controle da
opinião e a impossibilidade
da contestação".
O evento teve a participação de professores da USP e
representantes de entidades
de militância pró-governo,
como o MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem
Terra), e reuniu cerca de 250
pessoas na Sala dos Estudantes da faculdade, segundo
um dos organizadores.
De acordo com um deles,o
professor de direito penal da
USP Sérgio Salomão Shecaira, durante as duas horas do
ato "falou-se de tudo, inclusive houve críticas à mídia".
No entanto, ele disse que
"o ato era pró-Dilma, e não
algo anti-imprensa".
"Atacamos bastante o
PSDB, como resposta ao "Manifesto em Defesa da Democracia", lido em frente à faculdade há algumas semanas",
afirmou Shecaira.
Para ele, a mídia brasileira
tem problemas, sobretudo
"por causa da concentração". De acordo com Shecaira, "é um absurdo a Rede
Globo ter canal de televisão,
emissora de rádio e jornal".
Também participaram do
ato pró-Dilma outros professores de direito da USP, como
Alessandro Octaviani e Otávio Pinto e Silva, além de políticos petistas, como o deputado federal reeleito Paulo
Teixeira (SP) e o senador
Eduardo Suplicy (SP).
Segundo diretores do centro acadêmico XI de Agosto,
responsável pela sala, houve
dúvida sobre a legalidade do
ato, uma vez que lei eleitoral
não permite a propaganda
política nos bens públicos.
Inicialmente a solicitação
do espaço foi feita por alunas
para uma reunião de um grupo de estudo, de acordo com
nota da entidade estudantil.
Os professores organizadores do ato defendem a legalidade da manifestação.
Texto Anterior: País melhorou e jornais negam, diz Franklin Índice | Comunicar Erros
|