São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Terra arrasada

"Principal terminal de petróleo da Líbia está em chamas" em Es Sider, anunciou a manchete on-line do "Financial Times", encerrando o dia com imagem de uma grande coluna de fumaça -e com destaque para o impacto sobre o preço do petróleo.
No site Drudge Report, "Terra arrasada: Gaddafi bombardeia campos de petróleo". Os sites de "New York Times" e da Al Jazeera também fecharam com manchetes para o ataque à "cidade petrolífera" ou "cidade de refinaria estratégica", Ras Lanuf.

//US$ 150, US$ 200 E SUBINDO

Via Associated Press e outras, amontoaram-se nos últimos dias os "alertas" de ministros sauditas contra as manifestações populares. O "dia de fúria" convocado no país, agendam as agências e também jornais e televisões, é amanhã.
Conforme se espalhava o temor pelos protestos, saltou a projeção para o preço do petróleo. Destacado pela "Forbes", o economista Nouriel Roubini, "Senhor Apocalipse", prevê US$ 150 o barril "se o problema avançar sobre países como Bahrein e Arábia Saudita", o que levaria ao "segundo mergulho de recessão" na Europa. A agência Bloomberg, citando o "dia de fúria", ressaltou a "aposta" do mercado para o barril em junho: US$ 200.

Fragilidade O editor de economia internacional do "Telegraph" publicou ontem a análise "Mercados de petróleo se abraçam para a "fúria" saudita, enquanto a capacidade global de reposição se reduz". Se for confirmada a dificuldade em repor suprimento, seria "exposta a fragilidade do sistema mundial de energia". Ele cita, do Goldman Sachs, a avaliação de que os sauditas já vinham elevando produção e teriam agora pouca folga.

Calamidade E o editor de energia do "Guardian" publicou ontem a análise "Protestos na Arábia Saudita podem ser calamitosos para o mercado de petróleo". Diz que a perspectiva de manifestações, "ainda que pequenas", levanta dúvidas sobre toda a estrutura global de suprimento. Lembra que especialistas já questionavam o "exagero saudita sobre suas reservas". E anota que o Société Générale já fala em petróleo a US$ 200.

english.aljazeera.net
FÚRIA LÁ
Até a Al Jazeera fez especial para o "dia de fúria" -questionando a inação da "casa de Saud" diante das "vozes" dos descontentes

//MAIS DO GOLFO

Canal estatal do Qatar, a Al Jazeera já não esconde os protestos nos vizinhos de golfo Pérsico. Ontem deu na home a manifestação de milhares contra a "política de naturalização" do Bahrein, que favorece sunitas para reduzir a maioria xiita. Ao fundo, a France Presse despachou que três grupos xiitas criaram a "Coalizão pela República do Bahrein", não se restringindo mais a cobrar uma monarquia sunita constitucional.
AP e outras destacaram, também do golfo, atos no Kuwait e Iraque, este com ataque a oleoduto.

//LULA, AMORIM & AL JAZEERA

O canal de notícias reportou sob o destaque "As lições do Brasil para os rebeldes árabes" a palestra do ex-chanceler Celso Amorim no final da semana no Centro de Estudos Al Jazeera. A "lição" seria crescer junto com queda na desigualdade, como fez o governo Lula -em contraste com o crescimento no Egito.
E o "Estado" já noticia que o próprio Lula participa na semana que vem, também em Doha, no Qatar, do 6º Fórum Anual da Al Jazeera. Vai falar no painel "O mundo árabe em transição: O futuro chegou?".

EUA ou... Na "Foreign Policy", David Rothkopf postou análise sobre a viagem de Obama ao Brasil, sublinhando que, para "mais de um alto funcionário" brasileiro, ela será "um fracasso se não trouxer apoio" à cadeira no Conselho de Segurança.

Mercosul? Ecoou no "Página/12", jornal mais próximo do governo argentino, a avaliação de Samuel Pinheiro Guimarães, hoje o Alto Representante do Mercosul, de que "nossos verdadeiros aliados são os nossos vizinhos". E não os EUA.

huffingtonpost.com / thedailybeast.com
MULHERES
Além do britânico "Guardian", os americanos HuffPost, da publisher Arianna Huffington, e Daily Beast/ "Newsweek", de Tina Brown, listaram Dilma entre as "mais inspiradoras" ou "extraordinárias" -da "tortura" à Presidência


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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