São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2011

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Arcebispo de Aparecida será presidente da CNBB

Cardeal d. Raymundo Damasceno Assis era um dos favoritos por ter perfil conciliador

MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

O arcebispo de Aparecida (SP), cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, foi eleito na noite de ontem para presidir a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) nos próximos quatro anos.
Natural de Capela Nova (MG), ele foi eleito no segundo escrutínio com 196 votos (71% dos votos válidos).
O cardeal de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer, ficou em segundo lugar. Ele obteve, no total, 75 votos.
Damasceno era considerado um dos favoritos para assumir a presidência da CNBB por causa, principalmente, do seu perfil conciliador.
Seu prestígio também aumentou após a visita do papa Bento 16 ao santuário nacional de Nossa Senhora Aparecida, no ano de 2007.
O novo presidente da CNBB é tido também como uma pessoa próxima ao papa e de fácil diálogo com setores da sociedade civil organizada e o governo.
Durante as eleições do ano passado, Damasceno chegou a defender que temas polêmicos relacionados ao "direito à vida", como o aborto, e ao matrimônio fossem debatidos pelos candidatos na campanha presidencial.
O aborto e a união homoafetiva acabaram entrando na pauta dos principais candidatos à Presidência.
Nomeado cardeal pelo papa em outubro passado, Damasceno é presidente da Celam (Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe) e já foi secretário-geral da CNBB por dois mandatos consecutivos, entre os anos de 1995 e 2003.

ASSEMBLEIA
A eleição do novo presidente foi realizada durante a 49ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, que começou na última quarta-feira (4) e vai até a próxima sexta-feira (13).
No primeiro escrutínio, dom Raymundo Damasceno Assis havia obtido 161 votos, contra 91 de d. Odilo Pedro Scherer. Por não ter alcançado dois terços dos votos, houve a necessidade do segundo escrutínio.
Damasceno substitui o arcebispo da cidade de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, que ficou por quatro anos no cargo e decidiu não tentar a reeleição.
A partir de hoje serão eleitos, também durante a assembleia, o vice-presidente, secretário-geral e os presidentes das 12 comissões pastorais da CNBB.


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