São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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Brasil dificulta acesso a dados, dizem promotores

DE BUENOS AIRES

Além de se recusar a participar das ações na Justiça, o governo brasileiro também dificulta o acesso às informações solicitadas pelos promotores argentinos.
Integrantes do Ministério Público relataram à Folha dificuldades para obter do Brasil documentos do período da ditadura.
Um integrante da EAAF (Equipo Argentino de Antropología Forense), grupo que atua há mais de 20 anos na identificação de militantes mortos na ditadura, afirma que nunca recebeu documentos solicitados ao governo brasileiro.
No mês passado o promotor argentino Miguel Osorio, responsável pela investigação da Operação Condor, enviou ao Brasil um pedido de informações sobre a aliança das ditaduras do Cone Sul. Não há resposta até o momento.
A Promotoria argentina suspeita que os brasileiros Francisco Tenório Cerqueira Júnior e Maria Regina Marcondes Pinto de Espinosa, desaparecidos em Buenos Aires em 1976, foram vítimas da Operação Condor.
O trâmite dos pedidos sempre é feito entre as chancelarias de Brasil e Argentina. Os documentos são requeridos pelos investigadores para serem confrontados com os dados existentes na Argentina, já que houve intercâmbio entre os militantes de esquerda dos dois países.
As informações são utilizadas para produzir provas ou até para afastar linhas de investigação. (LF)


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