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No "JN", Dilma defende apoios de Sarney e Collor
Candidata abre ciclo de entrevistas e diz que governo exige "aliança ampla"
Petista cita Lula 7 vezes, se compara a "mãe" ao
negar fama de ríspida
e tropeça ao localizar
Baixada Santista no Rio
Reprodução/TV Globo
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Dilma infla dado em entrevista ao "Jornal Nacional"
DE SÃO PAULO
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff,
abriu ontem o ciclo de entrevistas ao vivo no "Jornal Nacional", da Rede Globo, defendendo o arco de alianças
que a apoia. Ela disse que governar o país pressupõe a necessidade de se fazer uma
"aliança ampla".
William Bonner listou aliados que, no passado, eram
criticados pelo PT: Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader
Barbalho (PMDB-PA), José
Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). "Quando
foi que o PT errou? Antes ou
agora?", questionou.
Dilma não respondeu diretamente, mas disse que o PT
não tinha "tanta experiência" de governo. "O PT acertou quando percebeu a sua
capacidade de construir uma
aliança ampla", afirmou.
No bloco em que foi ao ar a
entrevista, a audiência estava em 33 pontos na Grande
São Paulo, o que equivale a
5,9 milhões de expectadores
na Grande São Paulo, em números preliminares.
Dilma também foi questionada sobre a fama de ter
"temperamento difícil" ou da
suposta falta de "jogo de cintura" para negociar.
Bonner citou que, em solenidade oficial, Lula disse que
recebera de ministros queixas de que foram maltratados por Dilma. "Ele não disse
maltrados", respondeu Dilma. "O vídeo está disponível", retrucou o âncora.
Ela usou a metáfora de
"mãe" para justificar eventuais embates no governo.
"Sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo, é
meio como se a gente fosse
mãe. Há a hora de cobrar e o
momento de incentivar."
Dilma citou Lula sete vezes
durante a entrevista, numa
mudança de estratégia em relação ao debate da Bandeirantes, quando evitou mencioná-lo a toda hora.
Ela se apresentou como "o
braço direito e o esquerdo"
do presidente no governo e
disse duas vezes que ocupava o "segundo cargo mais importante" do governo, ao se
referir à Casa Civil.
As perguntas foram longas: Bonner e a Fátima Bernardes falaram por 3min50s
dos 12mi35s da conversa.
Levemente nervosa, Dilma
se confundiu ao dizer "Baixada Santista do Rio", em vez
de Baixada Fluminense.
O "Jornal Nacional" entrevista hoje Marina Silva (PV) e
amanhã, José Serra (PSDB).
No "Jornal da Dez", da Globonews, Dilma disse que não
há problema em indicações
políticas, mas em falta de
transparência. "Não é necessário que o cargo não seja indicado por um partido que
compõe a minha aliança",
disse, ao ser questionada sobre a frase de seu vice, Michel
Temer (PMDB), sobre partilhar o governo.
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