FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Desde o início do período eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que esta será, desde 89, a primeira eleição em que o nome dele não estará nas urnas. Não será por falta de "Lula", porém, que o eleitor sentirá a ausência dele no pleito.
Pelo menos 11 candidatos lançaram mão do nome "Lula", apostando na popularidade do presidente para conquistar mais votos.
Levantamento da Folha identificou em oito Estados e no Distrito Federal políticos que, de alguma forma, usaram o "Lula" como nome para a campanha.
"O nome dele é muito forte, é um marketing muito grande", reconhece Ângelo da Silva Pereira (PTN-AP), candidato a deputado estadual pelo Amapá que se apresenta como Lula.
Em São Paulo, Luiz da Silva (PT), candidato a deputado federal, incorporou, além do nome "Lula", o jingle "olê olê olê olá, Lula, Lula".
Silva ainda faz menção ao presidente num dos slogans da disputa: "Já que o homem tem que descansar, coloque outro Lula para trabalhar".
Na Bahia, o vereador e candidato a deputado estadual Luís Maciel de Oliveira (PT) afirma que não omite o nome de batismo na campanha, apesar de usar apenas "Lula" nas urnas.
"Para não ser ofuscado, eu coloquei o "Maciel" embaixo nos santinhos. Mas bem discreto, porque o peso, na verdade, é o "Lula'", justifica.
José Serra, candidato do PSDB à Presidência, também inspirou homônimos. Ao menos quatro candidatos usam o nome dele nesta eleição.
Em Alagoas, José Serra de Medeiros, que disputa vaga de deputado na Assembleia Legislativa, usa só José Serra para a campanha.


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