São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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Prisões são "abusivas", afirmam partidos

PMDB se queixa à articuladora do Planalto de "arbitrariedade" da PF

Clima entre aliados é de desconfiança, embora emissários de Dilma neguem participação do governo em operação

DE BRASÍLIA

Atingidos pela operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, PT e PMDB classificaram como abusivas as prisões de 35 pessoas, incluindo filiados aos partidos.
Embora emissários da presidente Dilma tenham negado participação do governo, o clima entre os aliados era de desconfiança.
Segundo o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o ministro do Turismo, Pedro Novais, prestará esclarecimentos ao Congresso. Mas os peemedebistas insistiram em lembrar que o escândalo atinge o PT.
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que o partido não pode ser responsabilizado porque a operação "pega pessoas ainda do exercício anterior, ex-dirigentes". "Atinge PT, PTB, PMDB", afirmou.
Na Câmara, a prisão do ex-deputado e atual secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, foi alvo de protesto.
"É um absurdo. Ele foi preso sem nem ter sido ouvido", disse Henrique Alves.
Incomodados com a prisão de Mário Moysés (PT-SP), ex-assessor da senadora Marta Suplicy (PT-SP), petistas cobravam explicações do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), segundo quem "houve abuso de Poder do Judiciário e do Ministério Público".
No Senado, em reunião com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), peemedebistas se queixaram de "arbitrariedade" da PF. Ela disse esperar que a PF não cometa "abusos", mas admitiu que nem Dilma tinha conhecimento da ação.
Aliado de Novais, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), isentou-se de responsabilidade sobre sua indicação para o cargo.
(MARIA CLARA CABRAL, GABRIELA GUERREIRO E CATIA SEABRA)


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