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Office-boy nega participação em quebra de sigilo
ROGÉRIO PAGNAN
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO
Virou um jogo de empurra a apuração da Polícia Civil para descobrir
quem falsificou a procuração usada para quebrar o
sigilo fiscal da empresária
Veronica Serra, filha do
candidato à Presidência
José Serra (PSDB).
O office-boy Ademir Estevam Cabral, 51, disse em
depoimento que sempre
seguiu ordens do contador
Antonio Carlos Atella Ferreira, mas negou participação no caso.
O advogado de Atella,
Alexandre Trindade, disse
à Folha que as funções
eram exatamente o contrário: "Ele [Atella] não tinha
autonomia para fazer nada, nem para escrever uma
procuração. Era office-boy
do Ademir".
O contador acusou o office-boy de ter lhe entregue a procuração falsa
usada para retirar declarações de Veronica de 2007 a
2009 num posto da Receita em Santo André.
Já o office-boy diz que
nunca viu a procuração.
Ele confirmou ter um escritório de despachos e trabalhar com Atella.
O delegado José Emílio
Pescarmona, titular de delegacia seccional de Santo
André (ABC paulista), diz
que acredita mais na versão do office-boy: "Pode
ser que ele me engane,
porque estelionatário gosta de enganar, mas me pareceu que ele é uma pessoa de bem".
A polícia trabalha com a
hipótese de que Atella
mencionou o office-boy
para atrapalhar a investigação. O boy tem um pequeno escritório em São
Paulo e mora num bairro
pobre em Francisco Morato (Grande São Paulo).
O delegado Marcos Carneiro, do Departamento de
Polícia Judiciária da Macro
São Paulo, diz que esse tipo de contradição vai se
resolver com provas técnicas. A mais importante,
diz, são as ligações telefônicas que Atella fez em setembro, quando obteve cópias das declarações.
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