São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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Nova propaganda do PT-SP é alvo de críticas internas

Candidatos a deputado, antes excluídos do espaço, ironizaram programa

Estratégia de reforçar votos na legenda foi revista após protestos; petistas queriam Lula para a nova gravação


DANIELA LIMA
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Propaganda gravada pelo PT de São Paulo para incluir os candidatos a deputado federal e estadual no horário eleitoral gratuito aumentou a insatisfação dos congressistas com a estratégia de publicidade adotada pela legenda no Estado.
O filme foi ao ar ontem pela primeira vez e virou motivo de piada entre os petistas. "Mercadante e os apóstolos" e "fila de reconhecimento em delegacia" foram algumas das expressões usadas pelos insatisfeitos para descrever o programa com ironia.
A propaganda foi criada para conter os protestos de candidatos a deputado pelo PT, que, desde o início da campanha, por decisão da direção da sigla, estavam fora do horário eleitoral.
No início de agosto, foi estipulado que o espaço seria usado apenas para pedir votos na legenda. Houve reclamação, e a direção decidiu rever a estratégia e dividir o tempo entre a aparição dos candidatos e a divulgação do número da sigla.
Mas o resultado da nova estratégia também não agradou. A propaganda começou exibindo seis deputados que concorrem à reeleição, enfileirados em frente a um fundo branco. Uns ensaiaram um sorriso. Outros posaram com expressão austera.
No meio deles estava o senador Aloizio Mercadante, candidato do PT ao governo de São Paulo.
Durante o filme, nenhum dos candidatos falou. Apenas Mercadante pediu votos para os federais e enalteceu a participação deles em ações do governo.

LEGENDA
A câmera passeou, primeiro, pelos rostos de José Genoíno, Cândido Vaccarezza, Devanir Ribeiro, Janete Pietá, Carlos Zarattini e Arlindo Chinaglia. Em outro bloco, apareceram Paulo Teixeira, José Mentor, João Paulo, e Vicente Silva.
A imagem dos congressistas foi acompanhada de legenda, com o nome e o número deles. O de Vaccarezza foi ao ar com a grafia errada, faltando um "c".
Os candidatos questionaram o filme e reclamaram da ausência de Lula. O presidente apareceu sozinho, defendendo o voto de legenda.
O coordenador de comunicação do PT, vereador José Américo, disse que pesquisas indicaram um desgaste da fórmula em que muitos candidatos fazem aparições rápidas. Ele afirmou ainda que o formato poderá sofrer alterações, mas que será sempre "despojado".


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