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Dilma começa o 2º turno com 48%; Serra tem 41%
Primeira pesquisa Datafolha pós-primeiro turno mostra queda de petista
Levantamento, feito na sexta, não mede ainda impacto da volta da TV;
brancos e nulos são 4%, e indecisos somam 7%
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
A primeira pesquisa Datafolha realizada após o primeiro turno mostra que Dilma Rousseff (PT) tem 48%
dos votos totais contra 41%
de José Serra (PSDB). A diferença entre eles é de sete
pontos percentuais.
Se a eleição fosse hoje, a
petista venceria a disputa pelo Palácio do Planalto neste
segundo turno, a ser realizado no último domingo do
mês, dia 31. Há também 4%
de eleitores votando em
branco ou nulo. Outros 7%
dizem estar indecisos.
O Datafolha fez 3.265 entrevistas na sexta, em 201 cidades. A margem de erro é de
dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Quando se consideram os votos válidos (excluindo-se
brancos e nulos), Dilma tem
54%, e Serra fica com 46%. A
diferença entre eles vai a oito
pontos percentuais.
Encomendada pela Folha
e pela Rede Globo, a pesquisa não mede ainda o impacto
completo da reestreia dos
programas eleitorais de Dilma e Serra, exibidos à tarde e
à noite daquele dia.
Mas a sondagem permite
duas comparações, com ressalvas. Primeiro, com o cenário pré-primeiro turno, quando havia simulações de possíveis segundos turnos.
A outra comparação é com
eleições presidenciais anteriores, sobretudo a de 2006
-na qual os finalistas tiveram percentuais semelhantes aos de Dilma e Serra.
QUEDA
Antes da eleição, o instituto perguntou aos eleitores como votariam num segundo
turno entre Dilma e Serra. "É
necessário dizer que aquela
era uma situação hipotética e
hoje há um cenário real", ressalta o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.
Nos dias 1º e 2 de outubro,
sexta-feira e sábado da outra
semana, numa simulação de
segundo turno, Dilma teria
52% contra 40% de Serra.
Havia 5% de eleitores votando em branco, nulo ou nenhum. E 3% de indecisos.
Ou seja, comparado ao
que tem hoje, Dilma perdeu
quatro pontos percentuais.
A petista teve uma oscilação na margem máxima de
erro da pesquisa. Antes do
primeiro turno, ela teria, no
mínimo, 50%. Hoje, pode ter
no máximo os mesmos 50%.
Já José Serrra teve oscilação de apenas um ponto percentual, de 40% para 41%.
Os pontos subtraídos de
Dilma foram incorporados
pelos eleitores que votam em
branco, nulo ou que estão indecisos. Há uma semana, o
conjunto desses eleitores somava 8%. Hoje, são 11%.
Em 2002 e 2006, o percentual de brancos e nulos foi
muito parecido: 6% e 5,5%,
respectivamente.
Para Mauro Paulino, se esse mesmo nível de brancos e
nulos se repetir, há 5% dos
eleitores hoje indecisos que
devem acabar pendendo para Dilma ou Serra.
Na atual conjuntura, se todos se inclinassem em direção ao tucano, ele iria a 46%.
Ficaria ainda numericamente atrás dos 48% de Dilma.
Outra comparação possível é com o cenário de 2006,
quando houve expectativa
de vitória de Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) no primeiro turno. No final, ele acabou indo
ao segundo turno contra Geraldo Alckmin (PSDB).
À época, na véspera do primeiro turno, Lula registrava
49% dos votos totais contra
44% de Alckmin. Na primeira pesquisa já no segundo
turno, o petista obteve 50%
contra 43% do tucano.
Ou seja, há quatro anos a
distância entre Lula e Alckmin nessa fase foi de sete
pontos -igual à registrada
agora entre Dilma e Serra.
A diferença daquela eleição para a atual é o fato de
Lula ter mantido o mesmo nível de intenção de votos na
passagem do primeiro para o
segundo turno. Já Dilma dá
sinais de ter perdido apoios
ao entrar nessa nova fase.
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