|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Serra não deve usar tom agressivo em confronto na TV
Tucano foi orientado a não repetir tática de Alckmin, que atacou Lula em debate em 2006 e foi mal avaliado
Perguntas devem versar sobre temas de gestão, e polêmicas serão usadas em réplicas; tucano leva defesa de privatizações
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Nada disposto a repetir a
experiência de 2006, o candidato do PSDB à Presidência,
José Serra, deverá evitar investidas agressivas hoje no
primeiro debate com a adversária petista Dilma Rousseff.
Segundo integrantes do
comando da campanha de
Serra, o candidato reservará
seus comentários mais ácidos para respostas e réplicas.
Mas não deverá reproduzir
a estratégia de 2006, quando, instado pelo PSDB, Geraldo Alckmin partiu para o ataque no debate com o presidente Lula -e teve sua performance mal avaliada.
Como o adversário fica
com a última palavra nos
confrontos diretos, Serra deverá evitar perguntas agressivas para Dilma.
Serra não deixará de abordar temas polêmicos, como
denúncias de tráfico de influência na Casa Civil e loteamento de cargos no governo,
mas as críticas serão diluídas
ao longo de suas respostas.
Deve concentrar seus
questionamentos em áreas
que considera falhas no governo - como saneamento,
resultado negativo do Banco
Central e deficiências do programa de habitação.
PRIVATIZAÇÕES
Serra também reuniu material para se defender em temas como privatizações. Vai
apontar benefícios da saída
do Estado de setores como telefonia e siderurgia.
A equipe do tucano aposta
no formato do debate como
um ingrediente favorável.
Como o tempo destinado a
respostas e réplicas é de dois
minutos, tucanos acreditam
que essa seja a oportunidade
de Serra para mostrar maior
preparo e domínio técnico.
Os dois ficarão frente a
frente no estúdio e devem interagir cerca de 40 vezes ao
longo do debate, um formato
bem diferente dos confrontos
do primeiro turno.
Os tucanos torcem para
que, nervosa diante da maior
exposição, Dilma cometa
deslizes nas respostas.
A ideia do comando serrista é se valer do modelo do debate -mais longo e com tempo equânime para cada um
falar- para explorar temas
áridos e, assim, poder explicar melhor suas propostas
para várias áreas.
Além de estudar conteúdo
e exercitar o tempo de suas
respostas, Serra deverá ser
submetido a massagem hoje.
O candidato também deverá
preservar a garganta para o
embate, que começa às 22h.
Serra deve aproveitar o encontro da Band para cobrar
de Dilma participação em todos os outros debates previstos para o segundo turno.
Na fase inicial da campanha, a petista foi a seis encontros: Band, Folha/UOL,
Folha/ Rede TV!, emissoras
católicas, Record e Globo.
A Folha e o UOL fizeram
convite para debate no dia 21.
Texto Anterior: TV Band: Candidatos se enfrentam hoje às 22h Próximo Texto: Audiência: Encontro no 1º turno teve 2,9 pontos Índice | Comunicar Erros
|