|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
SIP pede "veto sumário" a conselhos estaduais para monitorar a mídia
Entidade de imprensa também manifesta preocupação com leis de regulamentação
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) exortou os governadores brasileiros a "vetar de maneira sumária" leis que estabeleçam
"qualquer forma de controle
dos meios de comunicação",
numa referência ao conselho
para monitorar a mídia recém-aprovado no Ceará.
O apelo é uma das resoluções adotadas no encerramento da 66ª Assembleia Geral da entidade ontem em
Mérida, no México. O encontro reuniu editores e executivos de jornais e meios de comunicação das Américas.
A SIP também manifestou
preocupação ante a possibilidade de que o Brasil, e também o Equador e o Uruguai,
adotem leis de regulamentação da mídia que "por meio
do chamado controle social"
ofereçam aos governos "instrumentos para estrangular
os meios de comunicação".
A entidade fez o alerta
após condenar esforços de
governos da região que, na
avaliação da SIP, propõem
regular o funcionamento da
mídia para tentar "controlar
e restringir o livre fluxo das
informações". O documento
critica os casos da Argentina,
da Bolívia, da Venezuela e da
Nicarágua.
A organização, que avalia
que há "clima geral de tensão" no hemisfério por conta
das novas leis, decidiu declarar 2011 como "ano pela liberdade de expressão".
Quito, Caracas e La Paz rebateram as acusações da SIP
e acusam seus integrantes de
orquestrar campanha contra
os governos esquerdistas.
O informe da representação do Brasil na SIP já havia
condenado a criação dos
conselhos estaduais de comunicação, que adotam o
"controle social da mídia".
Além do Ceará, onde o
conselho ainda não foi sancionado, ao menos mais três
Estados -Bahia, Alagoas e
Piauí- preparam-se para implantar a instância.
A SIP também cobrou do
Conselho Nacional de Justiça
"imediatas providências"
para revogar medida que
proíbe "O Estado de S. Paulo" de publicar dados sobre
investigação da Polícia Federal sobre Fernando Sarney,
filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
VIOLÊNCIA
A organização de mídia
condenou o assassinato de
14 jornalistas neste ano -sete no México, cinco em Honduras e dois no Brasil.
Texto Anterior: Unesco sugere tirar concessões do Congresso Próximo Texto: Jornalismo: Trabalho de crítico em jornal é tema de aula de cátedra Índice | Comunicar Erros
|