São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Livro não traduz a verdade, diz Protógenes

DE SÃO PAULO

O delegado da Polícia Federal e deputado eleito Protógenes Queiroz (PC do B-SP) diz que o livro do jornalista Raimundo Rodrigues Pereira "não traduz a verdade".
"É um livro inidôneo, de um jornalista que foi respeitado no passado e que encerra sua carreira de uma forma melancólica, com um livro mentiroso que não traduz a verdade, tentando desqualificar meu trabalho contra a corrupção", diz o delegado.
Segundo Protógenes, "a verdade já foi retratada na sentença do doutor Fausto De Sanctis, que condenou o banqueiro bandido Daniel Dantas a dez anos de cadeia e ao pagamento de R$ 13,4 milhões de multa e reparação".
Protógenes afirma que o livro de Pereira retrata a sentença da 7ª Vara Federal Criminal -decisão do juiz Ali Mazloum, que condenou o delegado da PF a três anos e 11 meses de prisão, pena convertida em prestação de serviços, sob a acusação de ter vazado informações e fraudado uma das provas da Operação Satiagraha.
"Essa sentença vai sofrer apreciação dos tribunais superiores, que saberão dar a resposta que a sociedade merece", diz o delegado.
Protógenes levanta a suspeita de que a obra tenha sido financiada pelo banco Opportunity: "Não tenho como provar, eu ouvi dizer que esse livro foi financiado".
Pereira nega ter recebido recursos de Daniel Dantas.
De Sanctis diz que "uma obra literária pode ser ficcional e não possuir o comprometimento com as provas que o processo penal é obrigado a ter e o Judiciário a respeitar". "O livro possui ética bastante semelhante à das defesas, mas com uma extensão dirigida ao público", diz.


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