São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

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Governo fecha acordo para votar valor do mínimo na quarta-feira

Oposição e parte da base defendem R$ 560; Planalto quer R$ 545

DE BRASÍLIA

Apesar de o governo insistir em um salário mínimo de R$ 545, a oposição e parte da base aliada no Congresso vão concentrar forças na aprovação de R$ 560.
Ontem foi fechado um acordo, com o aval da presidente Dilma Rousseff, para que o assunto seja votado na próxima quarta-feira, com a análise de apenas duas emendas com votações nominais (quando cada deputado vota individualmente).
A primeira prevê um mínimo de R$ 600, como defende o PSDB. O partido sabe que será derrotado, mas insiste no valor -uma de suas principais bandeiras na campanha presidencial de 2010.
A segunda emenda deve propor R$ 560 e será defendida por PSDB, DEM, aliados do governo, como PV e PDT, e até por centrais sindicais, que brigavam por R$ 580.
"Acreditamos que temos apoio também de parte considerável do PT e do PMDB", disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).
A tática é tentar convencer o governo a antecipar parte do reajuste previsto para 2012, quando o mínimo deve superar os R$ 600.
O governo, porém, insiste no valor de R$ 545. Segundo assessores, Dilma mandou avisar a base aliada que não há espaço para negociação.
O Planalto também enviou projeto de lei que define a política de valorização do mínimo até 2014. O texto prevê a manutenção da regra atual (inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes).
(MARIA CLARA CABRAL, VALDO CRUZ e BRENO COSTA)


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