São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Rei abre fogo

O Drudge Report jogou o relato da Associated Press direto na manchete, "Polícia saudita abre fogo contra manifestantes". O "Wall Street Journal" destacou, do correspondente em Riad, "Polícia saudita abre fogo". Também despacharam a repressão, inclusive os três feridos, a Reuters, a France Presse, a Bloomberg. Mas o "New York Times" escondeu a informação no meio de seu "live blogging" da Líbia.
Também no "WSJ", "Wall Street em debandada com sinais de agitação na Arábia Saudita". E análise do "Financial Times" sobre o "dia de fúria", marcado para hoje, avisa que "bastam alguns jovens violentos e as manchetes serão feias".

 

A Reuters anotou que, questionado, um assessor confirmou que a Casa Branca "certamente está a par desses relatos". O site Politico, ouvindo democratas e republicanos, postou que "monitoram os protestos sauditas com preocupação". E a Fox News já ironiza: "Alguém percebeu que a recém-descoberta afeição de Obama pela democracia na região não resultou em nenhum pedido por democracia na Arábia Saudita?".

wsj.com
Na home do "WSJ", protesto em Qatif, no Leste saudita

Voz do rei O "Washington Post" publicou ontem o artigo "Por que a Arábia Saudita é estável", de Nawaf Obaid, do Centro de Estudos Islâmicos Rei Faisal, de Riad. Lista a "forte economia" e "projetos que satisfazem sua população" e diz que foi ampliada a "liberdade de expressão", hoje com "debates vibrantes". Tem também o futebol, "importante catalisador do orgulho de ser saudita". E o rei Abdullah, "profundamente popular".

Voz do sultão E o "NYT" publicou "De Omã, com Amor", escrito por Najma Al Zidjaly, professor de linguística da Universidade Sultão Qaboos, nome do déspota hoje no poder. Dizendo que os "ocidentais não conseguem entender o amor que os habitantes de Omã têm por seu sultão", o texto critica as manifestações que trouxeram "vergonha" ao país e pergunta: "É assim que vamos buscar mudanças -com vandalismo?".

//GADDAFI, O RETORNO

Na manchete on-line do "NYT", "Gaddafi retoma cidade estratégica", sobre Ras Lanuf, que "sublinha uma mudança" no conflito. Também em destaque, "EUA e Europa adotam postura mais dura, mas não chegam a concordar sobre intervenção militar".
E a BBC destacou que o diretor de inteligência dos EUA, James Clapper, em testemunho no Senado americano, previu que Gaddafi "vai derrotar os rebeldes" e "é mais forte do que vem sendo descrito".

//CHINA E SEUS EMERGENTES

Em meio ao noticiário da guerra, o "WSJ" conseguiu destacar que o "Peso comercial da China testa parcerias globais" dos EUA. Pequim já é "o maior parceiro de sete economias do G20" -Austrália, Japão, Coreia do Sul, Índia, Rússia, África do Sul e o Brasil, país mais destacado na reportagem. Ao fundo, o "FT" acrescentou que a China acaba de passar os EUA nas exportações da Alemanha.
Nos últimos dias, em meio à reunião do Congresso chinês, a mídia estatal vem ressaltando os vínculos do país com outros países em desenvolvimento, inclusive com o apoio a "mais voz para os emergentes na ONU". Em entrevista ecoada por "China Daily" e outros, o chanceler Yang Jiechi enfatizou que a cooperação entre os Brics não visa ao "confronto com países desenvolvidos".

//BRASIL QUER CADEIRA

No enunciado de sua longa entrevista à BBC Brasil, o chanceler Antonio Patriota "cobra engajamento dos EUA em reforma do Conselho de Segurança".
E o embaixador em Washington, Mauro Vieira, adiantou na fundação Heritage, com cobertura do "WSJ", o que o Brasil espera da visita de Obama.


DELAÇÃO Ecoou pouco, mas "Guardian" e outros ingleses destacaram que o Facebook agora "passa à polícia detalhes de usuários considerados em risco" de suicídio, a partir do "alerta de amigos" (acima)


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