São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Paz e reciprocidade

Na Xinhua, "Brics farão grande contribuição ao mundo, diz presidente". Da entrevista, destacou que para Dilma este "não é mais o mundo do G8, mas do G20", com a presença "extremamente saudável" dos Brics. Ela afirma que o grupo, politicamente, "deve ter compromisso de construir paz", contra o uso da força. De Brasil e China, lembrou que é parceria estratégica "em todas as áreas" e defendeu "reciprocidade". Na mesma linha falaram o ministro Fernando Pimentel, no chinês "Global Times", e o embaixador Clodoaldo Hugueney, no "Diário do Povo", do PC.
Ao fundo, "China Daily" e outros deram ontem o deficit comercial no trimestre, o primeiro desde 2006.

"THINK TANK" LÁ E CÁ
No chinês "Global Times", "Think tank brasileiro quer laços econômicos mais fortes com a China", sobre estudo do Ipea coordenado por Eduardo Costa Pinto. Diz que o Brasil pode ajudar a China em setores como energia e pode ser ajudado em indústria aeroespacial e outros.
E o "China Daily" noticiou estudo da Academia Chinesa de Ciências Sociais, prevendo "crescimento rápido" dos cinco Brics nos próximos cinco anos, "mas o influxo de capital externo pode trazer risco de superaquecimento", como frisou Li Yang, vice-presidente da instituição.

Embraer & China "Depois de muitas queixas", publica o "Estado", "a China vai anunciar encomenda da Embraer" durante a visita. E o "Barron's" avalia que a Embraer já "está recuperando a altitude perdida", após mudar sua atenção dos EUA para os emergentes.

Foxconn & Brasil Confirmando o "Bom Dia Jundiaí" de três semanas atrás, "China Times", de Taiwan, "Valor" e outros noticiam que a montadora da Apple na China, Foxconn, deve produzir o iPad no interior paulista -com apoio fiscal do governo federal.

DIREITOS HUMANOS?
O Departamento de Estado dos EUA acusou Brasil e China de violação de direitos humanos, às vésperas da cúpula Brics, e ambos refutaram o relatório, como noticiado no final de semana por "O Globo" e "China Daily", entre outros.
Quanto ao tópico na visita à China, os relatos são conflitantes. O "Estado" deu que "assunto estará em pauta", segundo o embaixador em Pequim, mas o G1 postou ontem que "direitos humanos não são "prioridade" de Dilma na China", ouvindo a subsecretária de Política do Itamaraty.
ft.com
ALMA Bob Dylan deu um show em Pequim, não defendeu o dissidente Ai Weiwei e virou alvo de "Financial Times", na capa e em editorial, e do "New York Times", em coluna que o chamou de "vendido". Mas James Fallows, na "Atlantic", e outros saíram em defesa do músico

DESCULPA PARA GUERRA
Via "USA Today", "Chicago Tribune", "Foreign Policy" e outros, analistas como Richard Haass questionam a justificativa de Obama para entrar na guerra líbia, de que Gaddafi faria um "genocídio" em Benghazi, e apontam os "danos colaterais" da intervenção.
A ação foi precedida de reuniões na Casa Branca com, entre outros, Tom Malinowski, ex-diretor do Conselho de Segurança Nacional de Bill Clinton e hoje no comando do Human Rights Watch, para quem Gaddafi faria um "banho de sangue" em Benghazi.
cartacapital.com.br
DANO O ex-chanceler Celso Amorim estreou coluna na "CartaCapital", postada ontem, questionando "A (f)utilidade das sanções", que só reforçam ditadores, e "o uso da força", que atinge civis em defesa de outros civis. Citou Hipócrates, "em primeiro lugar, não cause dano"

MANTEGA SOB ATAQUE
O "Valor", que há um mês havia proclamado Alexandre Tombini, do Banco Central, "o nome forte da economia", destacou no final de semana, sobre os cem dias de Dilma, que Guido Mantega, da Fazenda, é "o mais influente".
Em coluna no "Financial Times", sábado, John Authers escreveu que Mantega "personifica a inquietude emergente com a desvalorização do dólar e a alta de suas moedas", mas os esforços para "desencorajar o "dinheiro quente" estrangeiro tiveram efeito mínimo". O mesmo "FT" noticia que "Especuladores enviam o real às alturas" e que o Brasil enfrenta "um grande ataque especulativo".
Por outro lado, editorial do "FT" já saúda a alta nos juros europeus, por trazer "alívio a países que, como o Brasil, estão usando todas as políticas que conseguem achar contra o influxo de capital", causado pela política monetária frouxa de EUA e Europa.

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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