São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011 |
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"Se o PT virou dor de cabeça, tomaremos Novalgina", diz Ideli À Folha ministra afirma ter como prioridade no cargo chamar o partido "à realidade" e pacificá-lo na Câmara Promessa é de parceria "mais harmoniosa" com Gleisi Hoffmann do que antecessor Luiz Sérgio mantinha com Palocci NATUZA NERY CATIA SEABRA DE BRASÍLIA Nova articuladora política do governo, Ideli Salvatti (PT-SC) assume o posto chamando o PT "à realidade". Para ela, é "impossível" o partido não ter como prioridade a unidade. A eles Ideli manda um recado da presidente Dilma: ninguém pode colocar interesses individuais acima dos do governo. À Folha a ministra diz que ela e a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, terão uma relação mais "harmoniosa" do que teve a dobradinha Luiz Sérgio-Antonio Palocci, seus antecessores. Folha - Como a sra. tocará a articulação política com restrições de setores do PT e PMDB a seu nome? Ideli Salvatti - Em oito anos de Senado, vivi momentos difíceis, alguns até solitários, como na crise de 2005 [mensalão] e em outras crises. Aquelas em que defendeu Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP)? Sim. Não me arrependo. Tínhamos clareza da importância para a governabilidade do presidente Lula. Nunca tive problemas com o PMDB. A sra. tem tinta na caneta para demandas dos aliados? A minha escolha está respaldada pela presidenta Dilma. Ela me prometeu todo o seu empenho. Sob Lula, trabalhamos juntas. Éramos as únicas mulheres e criamos uma identidade. Mas seu antecessor ouvia. Ouvir não era o problema. Mas era uma conjuntura diferente. Houve um redesenho no Planalto. Eu e a ministra Gleisi teremos uma parceria mais harmoniosa do que Luiz Sérgio tinha com Palocci. Temos uma tarefa imediata de flexibilizar as regras para obras da Copa. Sua tarefa imediata não é pacificar o PT? Se meu partido virou dor de cabeça, tomaremos Novalgina até resolver. Sua nomeação indica insatisfação de Dilma com o PT, já que o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) trabalhava para ser ministro? Nas duas escolhas que a presidente fez, pesou muito a relação que a gente tem com ela. Acho que ela buscou essa proximidade. Não tenho problema com ninguém. O que a sra. vai fazer para pacificar o PT? Ouvir, conversar, chamar à realidade. Não é possível o partido da presidenta não ter como prioridade a unidade. E o Vaccarezza será mantido? É uma prerrogativa da presidenta. Vou trabalhar para unificar o PT na Câmara. Tenho uma experiência bem-sucedida com Vaccarezza. Seu antecessor, Luiz Sérgio, foi vítima de fogo amigo. Qual é seu escudo? Tratar todos os meus amigos bem. Quando tem fogo amigo é porque tem problema. Se não tem espaço para todo mundo, e nunca tem, você tem que organizar a fila. Todos perdem quando colocam interesses individuais à frente de um interesse maior. A senhora teme o PMDB? Nem um pouco. Você pode sobreviver no Senado sem saber respeitar o PMDB? Texto Anterior: Estilo agressivo esconde o lado festeiro e vaidoso Próximo Texto: Lula promete ajuda para empresa que o contratou Índice | Comunicar Erros |
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