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Pedágio expõe fragilidades de PT e PSDB
Privatizadas na gestão tucana, estradas estaduais têm maiores tarifas em SP, mas são mais preservadas que federais
Tema dá munição às duas campanhas e deixa expostas vidraças de Alckmin e Mercadante para outros candidatos
EVANDRO SPINELLI
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
O debate sobre os preços
dos pedágios, eleito como tema prioritário da campanha
ao governo paulista de Aloizio Mercadante (PT), expõe
fragilidades em administrações do PT e do PSDB.
Os pedágios das estradas
estaduais entregues à administração da iniciativa privada pelo governo tucano são
mais caros que os das rodovias federais privatizadas no
governo petista -como Régis
Bittencourt e Fernão Dias.
O ex-governador e candidato Geraldo Alckmin
(PSDB) já chegou a prometer
em 2002 a extinção de praças
de pedágio em estradas de
pista simples e que não haveria cobrança no Rodoanel. O
discurso não foi cumprido
pelas gestões tucanas.
Por outro lado, as rodovias
estaduais são de melhor qualidade. A quantidade de investimento nas federais também é proporcionalmente
mais tímida -e alguns, como
a duplicação de um trecho
crítico de acidentes na Régis
Bittencourt, foi postergada.
Além disso, mesmo depois
de instaladas as praças de
pedágio, as federais continuaram com problemas -como irregularidade no pavimento e falta de sinalização.
O tema dá munição para as
duas campanhas atirarem
umas nas outras. E deixa expostas as vidraças de Alckmin, Mercadante e seus partidos para os outros candidatos alvejarem -como no debate de amanhã, na Band.
PROPOSTAS
Alckmin informou que extinguiu uma praça de pedágio de pista simples -ainda
existem 19 deste tipo em funcionamento (além de outras
12 com cobrança parcialmente em trecho simples).
O tucano disse que não
instalou pedágio no trecho
oeste do Rodoanel na sua
gestão -a praça foi construída na gestão Serra (PSDB)-,
mas que vai mantê-la.
Mercadante informou que
as rodovias federais privatizadas por Lula já começaram
a se recuperar e serão melhores que as estaduais de SP.
Sobre a revisão dos atuais
contratos, Mercadante e
Alckmin são vagos. O petista
diz que pretende renegociar
para reduzir os preços dos
pedágios, mas não dá prazo.
O tucano diz apenas que vai
rever os preços dos pedágios
em alguns locais específicos.
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