São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2010

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Pedágio expõe fragilidades de PT e PSDB

Privatizadas na gestão tucana, estradas estaduais têm maiores tarifas em SP, mas são mais preservadas que federais

Tema dá munição às duas campanhas e deixa expostas vidraças de Alckmin e Mercadante para outros candidatos


EVANDRO SPINELLI
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

O debate sobre os preços dos pedágios, eleito como tema prioritário da campanha ao governo paulista de Aloizio Mercadante (PT), expõe fragilidades em administrações do PT e do PSDB.
Os pedágios das estradas estaduais entregues à administração da iniciativa privada pelo governo tucano são mais caros que os das rodovias federais privatizadas no governo petista -como Régis Bittencourt e Fernão Dias.
O ex-governador e candidato Geraldo Alckmin (PSDB) já chegou a prometer em 2002 a extinção de praças de pedágio em estradas de pista simples e que não haveria cobrança no Rodoanel. O discurso não foi cumprido pelas gestões tucanas.
Por outro lado, as rodovias estaduais são de melhor qualidade. A quantidade de investimento nas federais também é proporcionalmente mais tímida -e alguns, como a duplicação de um trecho crítico de acidentes na Régis Bittencourt, foi postergada.
Além disso, mesmo depois de instaladas as praças de pedágio, as federais continuaram com problemas -como irregularidade no pavimento e falta de sinalização.
O tema dá munição para as duas campanhas atirarem umas nas outras. E deixa expostas as vidraças de Alckmin, Mercadante e seus partidos para os outros candidatos alvejarem -como no debate de amanhã, na Band.

PROPOSTAS
Alckmin informou que extinguiu uma praça de pedágio de pista simples -ainda existem 19 deste tipo em funcionamento (além de outras 12 com cobrança parcialmente em trecho simples).
O tucano disse que não instalou pedágio no trecho oeste do Rodoanel na sua gestão -a praça foi construída na gestão Serra (PSDB)-, mas que vai mantê-la.
Mercadante informou que as rodovias federais privatizadas por Lula já começaram a se recuperar e serão melhores que as estaduais de SP.
Sobre a revisão dos atuais contratos, Mercadante e Alckmin são vagos. O petista diz que pretende renegociar para reduzir os preços dos pedágios, mas não dá prazo. O tucano diz apenas que vai rever os preços dos pedágios em alguns locais específicos.


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