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Partidos governistas fazem pacto para ocupar ministério de Dilma
Objetivo das cinco legendas é preservar atuais fatias no governo
RANIER BRAGON
NATUZA NERY
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
Sob ameaça de perder espaço, cinco partidos da base
governista selaram um pacto
para que nenhum "avance"
sobre o território do outro na
montagem do ministério de
Dilma Rousseff (PT).
PMDB, PR, PP, PTB e PSC
decidiram que atuarão em
conjunto para que suas
atuais fatias sejam mantidas,
salvo poucas exceções.
Maior partido da aliança, o
PMDB tem sete pastas, algumas cobiçadas por partidos
com os quais selou o acordo.
Já PP e PR, que controlam
dois dos mais disputados ministérios -Cidades e Transportes-, ganham musculatura para manter as pastas.
A movimentação atende a
outras duas finalidades: unir
forças contra o PT e demais
partidos que ambicionam os
mesmos cargos -em especial o PSB- e dar sobrevida à
candidatura do deputado
Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN) à presidência da
Câmara. Hoje, as maiores
chances são do PT.
Enquanto o pacto era
construído, o presidente do
PT, José Eduardo Dutra, rebatia a tese da "imobilidade". "Nenhum ministério é
propriedade de ninguém. A
presidente é que vai decidir
se vai optar por continuar a
ocupação do espaço nos moldes do governo [atual] ou se
vai propor modificações."
Encarregado de ouvir os
pedidos dos aliados, Dutra
encerrou ontem as reuniões e
criticou a tese de que o resultado das urnas irá ditar a participação no Executivo.
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