São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2010

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STF investiga contrato de informática no DF assinado por Argello

Pelo valor do aluguel seria possível comprar 3 vezes a quantidade contratada, diz inquérito

DE BRASÍLIA

Inquérito do STF aberto nesta semana contra o senador Gim Argello (PTB) mostra que, quando presidiu a Câmara Legislativa do Distrito Federal, ele alugou computadores por um valor que poderia ter sido usado para a compra de pelo menos três vezes a quantidade contratada.
A Folha teve acesso ao processo do Supremo que investiga contrato na área de informática, assinado em 2002 pelo Legislativo do DF, no valor de R$ 5,8 milhões.
Na ocasião, ficou estabelecida a locação durante dois anos de 216 computadores, entre PCs e notebooks, no valor de R$ 3,4 milhões. O restante seria destinado à prestação de serviços técnicos.
O acordo foi firmado com a empresa CTIS, que, depois, seria acusada de participação no mensalão do DEM.
Os donos da empresa negam envolvimento no esquema que levou o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda à prisão.
Uma planilha do inquérito mostra que valores pagos para o uso das máquinas no período variavam de R$ 17 mil a R$ 28 mil por unidade.
Segundo o Ministério Público, daria para comprar ao menos três equipamentos idênticos aos alugados.
Em depoimentos, os dirigentes da CTIS dizem que o valor do contrato era alto por conta dos serviços técnicos.
O advogado de Argello, Maurício Corrêa, nega irregularidade no contrato e diz que "tudo já foi esclarecido na Justiça".
(FELIPE SELIGMAN)


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