São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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Itália quer "congelar" acordo militar com Brasil

DA ANSA, EM ROMA

A Câmara dos Deputados da Itália decidiu reenviar para a comissão responsável o texto do acordo de cooperação militar que o país planeja firmar com o Brasil.
Por unanimidade, os parlamentares aderiram à proposta de "congelamento" apresentada ontem pela deputada do partido governista PDL (Povo da Liberdade) e vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, Fiamma Nirenstein.
A posição dos políticos italianos sobre a aprovação do acordo já era esperada. A atitude é vista como retaliação ao Brasil, que não concedeu a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti.
Ele é condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, época em que integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).
O acordo na área de Defesa prevê desenvolvimento bilateral de projetos para a construção de navios e fragatas e realização de patrulhas.
A aprovação do texto pelo Parlamento italiano é o último passo para a entrada em vigor do acordo, que foi negociado em junho passado pelos ministros da Defesa da Itália e do Brasil, Ignazio La Russa e Nelson Jobim, respectivamente.
No próximo dia 18 de janeiro, a Câmara italiana também votará uma moção apresentada pela UDC (União Democrática de Centro) pela extradição de Battisti.


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