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Comissão do Senado endurece regras de MPs
Proposta aprovada ontem na CCJ limita o prazo de análise das medidas na Câmara
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Com o apoio de governo e
oposição, a CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado aprovou ontem proposta de emenda constitucional
que endurece as regras para
a tramitação de medidas provisórias no Congresso.
O texto limita os prazos para a Câmara dos Deputados
analisar as medidas provisórias e mantém a permissão
para que a MP entre em vigor
logo depois de ser editada pelo Poder Executivo.
Relator da PEC na comissão, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) suavizou o texto
em favor do governo para
conseguir aprovar a PEC.
O tucano retirou o artigo
que impedia a vigência imediata da medida provisória
depois de editada pelo Poder
Executivo.
Criou, no entanto, uma comissão mista do Congresso
(com 24 deputados e senadores) para analisar, em dez
dias, se a medida atende aos
critérios de "urgência e relevância" previstos pela Constituição. A comissão tem autonomia para rejeitá-la ou sugerir que seja transformada
em projeto de lei.
Em contrapartida à concessão de Aécio, os governistas acataram pedido da oposição para que as MPs tratem
de um único assunto ou de
temas correlatos.
De autoria do senador José
Sarney (PMDB-AP), a PEC
também limita o prazo para a
Câmara analisar as MPs.
O Congresso Nacional tem
120 dias para votar as medidas provisórias, mas a legislação não estabelece o tempo
para cada Casa.
Como a Câmara acaba
consumindo a maior parte do
prazo, Aécio fixou 50 dias para a análise dos deputados e
45 para o Senado. Nos 15 dias
restantes, a MP pode retornar
à Câmara para análise final.
As medidas também passam a trancar a pauta de votações das duas Casas nos últimos dez dias de tramitação.
PALANQUE
Ao conseguir unir governo
e oposição em torno de seu
relatório, Aécio foi citado como candidato à Presidência
da República em 2014.
"Vossa Excelência hoje se
credencia como candidato.
Mostra um trabalho que dignifica a Casa", disse o senador Demóstenes Torres
(DEM-GO).
"É gentileza de um amigo", desconversou o tucano.
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