São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Krugman vs. Mantega

James Joyce/nytimes.com

Paul Krugman, Nobel de economia e colunista, está em campanha para evitar que o banco central americano ceda ao ministro Guido Mantega e recue do juro baixo. Em post no "New York Times", diz que a acusação de guerra cambial do Brasil visa ao "abandono, pela América, de sua política monetária independente -para que os emergentes não tenham que encarar a escolha entre a apreciação cambial e a inflação importada".
Em coluna da revista de domingo adiantada ontem, elogia os Brics por não terem cedido à complacência de EUA e Europa, que causou a crise financeira. Mas diz que a única inflação que ameaça seu país hoje é a das commodities, causada "pela demanda do mundo emergente". Neste "mundo louco, misturado", o risco para os EUA é que o Fed "ceda ao bullying" e eleve os juros. "E quanto aos reclamos de outros países, de que têm inflação porque estamos imprimindo dinheiro? A resposta insolente é: Não é problema nosso, caras." Fecha dizendo que "este mundo confuso está criando dilemas para pessoas como, digamos, o ministro da Fazendo do Brasil". Já "aqui na América, não existe dilema: é emprego, emprego, emprego".
Ele sugere a Mantega mais "controle de capital".

Esforço Pela manhã na Bloomberg, os juros futuros "mostram que Mantega está estancando o fluxo" e "o país está tendo sucesso no esforço de frear aplicações externas na dívida brasileira". Fim do dia, nas manchetes on-line do "Valor", a queda das commodities "dá força ao dólar e derruba real".

Contribuição Na manchete do iG no fim do dia, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou que "o etanol vai dar uma contribuição muito importante" no combate à inflação. Ele "espera que os próximos índices já reflitam o novo cenário, com a queda nos preços" do combustível.

//AOS EMPRESÁRIOS
Na manchete da Reuters Brasil, na instalação da Câmara de Gestão com Jorge Gerdau e Abílio Diniz, "A empresários, Dilma defende controle da inflação com crescimento". E no site do "Wall Street Journal", "Rousseff: investimento é chave para crescimento e controle da inflação".
Manchete na "Exame", "Dilma, Gerdau e Abílio arregaçam as mangas".

//AOS ÁRABES
Um dia depois da ameaça europeia de se fechar ao Brasil, a estatal Agência Brasil, reproduzida em diversos sites, destacou que as "Exportações para os países árabes crescem, apesar de instabilidade".
E os sites de "Veja" e "Isto É Dinheiro" entrevistaram o diretor da Câmara Árabe Brasileira, para quem "o momento é promissor para o país avançar ainda mais, já que muitas nações do Oriente Médio passam por reformas e tendem a sair da crise fortalecidas".

english.aljazeera.net
Na entrevista à Al Jazeera, "Heba", 16

//OS REINOS E AS MENINAS
No destaque da Al Jazeera, "Alunas espancadas em incursões no Bahrein", país ocupado pela Arábia Saudita. O canal ouve jovem de 16 anos que conta ter sido levada da escola, com outras, e mantida presa por três dias. Um grupo de direitos humanos diz que "professores também foram detidos". E a Reuters deu que a Human Rights Watch denunciou "tortura" no país.
No "Guardian", "Arábia Saudita açoita órfãs". Seis, "entre 12 e 18 anos", foram punidas por "atacar o diretor do orfanato". Elas dizem ter sido "assediadas".

//"DEATH SQUAD"
No alto da capa do "NYT" de ontem, "Sinais de vingança trazem tensão a Benghazi", a "fortaleza rebelde" na Líbia. Logo abaixo, "Temor de esquadrão da morte". Corpos de "homens que trabalharam para Gaddafi" vêm aparecendo nos subúrbios com sinais de execução. O jornal afirma que isso põe em xeque "um movimento que tenta apresentar a visão de uma nova nação, comprometida com o estado de direito".
E a Al Jazeera veiculou reportagem de seu correspondente, que passou a noite com um dos "esquadrões de proteção" em Benghazi, "grupos de jovens carregados de adrenalina", em ações de "vigilantes".


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