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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Governo de SP mais do que dobra gasto de publicidade
Média mensal no primeiro semestre cresceu 156% em relação a anos anteriores
Governos turbinam despesas no primeiro semestre porque a lei impede propaganda durante a campanha
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
De janeiro a junho de 2010,
o governo de São Paulo mais
do que dobrou a média mensal dos gastos com publicidade em comparação aos três
anos anteriores.
Vitrine principal do PSDB
nas eleições de outubro, o
governo do Estado gastou em
seis meses R$ 141,8 milhões
com publicidade e comunicação institucional.
No período, a média mensal foi de R$ 23,6 milhões, ante R$ 9,2 milhões mensais
apurados como média dos
primeiros semestres de 2007,
2008 e 2009 -crescimento
de 156,5%. Os dados são do
próprio governo.
BRECHA NA LEI
A lei diz que, em ano de
eleição, os gastos com publicidade não podem superar a
média dos três anos anteriores. Mas, apesar disso, o salto
dessas despesas não pode
ser considerado ilegal.
Isso porque a mesma lei
impede que os governos façam gastos com propaganda
nos três meses que antecedem o pleito. Assim, no fim
do ano, a média mensal obrigatoriamente cairá.
Em seis meses, o governo
já gastou 88,6% do seu teto
legal. Segundo a Secretaria
de Comunicação do Estado,
cerca de R$ 20 milhões podem ser gastos no fim do ano.
Para evitar a explosão de
gastos no primeiro semestre
de anos eleitorais, ministros
do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) estudam rever o
texto da lei, para que seja
considerada a média mensal
em cada semestre.
O salto nos gastos com publicidade da administração
Serra em 2010 supera o do
governo Lula, que também
registrou crescimento em
comparação idêntica.
Como mostrou a Folha,
em 2010 o governo federal
gastou uma média mensal de
R$ 24,3 milhões contra R$
12,3 milhões nos anos anteriores -aumento de 97,5%.
Em São Paulo, nos seis primeiros meses de 2007, os
gastos do governo com publicidade somaram R$ 19,5 milhões. Em 2008, foram R$
33,9 milhões; e, em 2009, R$
111,8 milhões.
Em junho deste ano, o governo levou ao ar cinco campanhas, incluindo um balanço institucional de gestão. A
última foi veiculada no dia 2,
limite do prazo legal.
O ritmo deste ano vai na
contramão do praticado de
2007 a 2009, quando mais da
metade dos gastos ocorreu
no segundo semestre. Mas
repete o ano de 2006, também de corrida presidencial.
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