São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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OUTRO LADO

Governo reconhece erros e diz que fará correções

Fazenda diz, no entanto, que não houve intenção de induzir uma leitura favorável dos dados divulgados por Mantega

DE BRASÍLIA

A assessoria da Fazenda reconheceu haver erros e impropriedades no boletim divulgado pelo ministro Guido Mantega, mas negou a intenção de induzir uma leitura favorável dos dados.
A afirmação de que o superavit fiscal está acima de 2% do PIB há 12 anos, informou a pasta, foi equivocadamente incluída no quadro sobre o governo federal.
O dado se refere aos resultados de todo o setor público, incluindo Estados, municípios e estatais. Nesse caso, a meta de superavit, de 3,3%, também não vem sendo cumprida desde 2009.
O cálculo do crescimento da renda per capita sob FHC, afirma-se, será corrigido, assim como a informação de que o gasto com juros acumula seis anos de queda. A assessoria diz que, no primeiro caso, os números continuarão mostrando forte aceleração da renda nos últimos anos; no outro, a ideia era mostrar uma tendência.
Segundo a Fazenda, a taxa de câmbio foi escolhida para demonstrar a evolução do salário mínimo com objetivo de variar em relação ao boletim anterior, de maio, em que o salário mínimo era deflacionado pelo INPC, índice usado para os reajustes anuais.
A afirmação de que o deficit nas transações de bens e serviços com o exterior é "passageiro", argumenta-se, baseia-se na expectativa de melhora da economia internacional, alta das exportações e ganhos futuros como o petróleo do pré-sal.
De acordo com a Fazenda, o conceito de "custeio da máquina administrativa" segue jargão da área técnica e não considera despesas com pessoal, compromissos em saúde, educação e transferências de renda, entre outros.


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