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OUTRO LADO
Governo reconhece erros e diz que fará correções
Fazenda diz, no entanto,
que não houve intenção
de induzir uma leitura
favorável dos dados
divulgados por Mantega
DE BRASÍLIA
A assessoria da Fazenda
reconheceu haver erros e impropriedades no boletim divulgado pelo ministro Guido
Mantega, mas negou a intenção de induzir uma leitura favorável dos dados.
A afirmação de que o superavit fiscal está acima de 2%
do PIB há 12 anos, informou a
pasta, foi equivocadamente
incluída no quadro sobre o
governo federal.
O dado se refere aos resultados de todo o setor público,
incluindo Estados, municípios e estatais. Nesse caso, a
meta de superavit, de 3,3%,
também não vem sendo
cumprida desde 2009.
O cálculo do crescimento
da renda per capita sob FHC,
afirma-se, será corrigido, assim como a informação de
que o gasto com juros acumula seis anos de queda. A
assessoria diz que, no primeiro caso, os números continuarão mostrando forte
aceleração da renda nos últimos anos; no outro, a ideia
era mostrar uma tendência.
Segundo a Fazenda, a taxa
de câmbio foi escolhida para
demonstrar a evolução do salário mínimo com objetivo de
variar em relação ao boletim
anterior, de maio, em que o
salário mínimo era deflacionado pelo INPC, índice usado para os reajustes anuais.
A afirmação de que o deficit nas transações de bens e
serviços com o exterior é
"passageiro", argumenta-se,
baseia-se na expectativa de
melhora da economia internacional, alta das exportações e ganhos futuros como o
petróleo do pré-sal.
De acordo com a Fazenda,
o conceito de "custeio da máquina administrativa" segue
jargão da área técnica e não
considera despesas com pessoal, compromissos em saúde, educação e transferências de renda, entre outros.
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