São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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OUTRO LADO

Suspeitos negam envolvimento em desvios no Turismo e criticam prisões

DE SÃO PAULO

Os investigados na Operação Voucher negam envolvimento no suposto esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo.
A defesa da ONG Ibrasi refutou a acusação de que a entidade teria criado uma organização criminosa.
Para o advogado Alessandro Brito, as prisões durante a operação ocorreram em uma fase "embrionária" das investigações, e a Polícia Federal se baseou apenas em relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) e em escutas telefônicas.
"A partir desse relatório, feito com base em questões técnicas, não dá para cogitar que existe peculato [desvio de verba pública] e formação de quadrilha."
A defesa de Frederico Costa, secretário-executivo do ministério, disse que o pedido de prisão de seu cliente aconteceu porque ele "talvez" tenha participado de uma reunião organizada pelo suposto esquema.
"Não se pode prender alguém porque há a dúvida se participou de uma reunião", afirmou o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.
Segundo a defesa do ex-secretário-executivo do Turismo Mário Moysés, não há provas de sua participação nas irregularidades e ele foi acusado apenas em função do cargo que ocupava.
"Não existe gravação telefônica, quebra de sigilo bancário ou fiscal que evidencie qualquer tipo de vantagem ilícita que ele possa ter recebido", disse o advogado David Rechulski.
O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz, negou que seu escritório tenha tido acesso privilegiado a auditoria feita pelo tribunal no convênio firmado entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi.
Segundo relatório da Polícia Federal, Cedraz foi contratado pelo Ibrasi para que a ONG pudesse "resguardar-se de uma possível decisão prejudicial" da corte.
"O escritório repudia com veemência o juízo de valor colocado no relatório subscrito pela autoridade policial. Tais imputações mostram-se carentes de qualquer comprovação documental, tomando por base interpretações de trechos avulsos de conversas."


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