São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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Planalto promete liberar verbas para acalmar aliados

Medida ocorre após Dilma ser aconselhada por Lula e por seus assessores a atender pedidos do Congresso

Governo quer evitar votações que aumentem gastos públicos em meio à crise econômica e CPI que apure corrupção

Sérgio Lima/Folhapress
Deputado Vaccarezza (PT-SP), que disse que relação entre base e
Dilma está melhorando


VALDO CRUZ
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O risco de derrota no Congresso por conta da insatisfação da base aliada levou o Palácio do Planalto a prometer um cronograma de liberação das emendas parlamentares até o final do ano.
A nova promessa feita aos líderes governistas é que na terça-feira receberão o calendário de liberação de pelo menos R$ 5 bilhões dos R$ 7 bilhões das chamadas emendas parlamentares individuais, que distribuem verbas para as bases eleitorais de deputados e senadores.
O recado foi enviado aos líderes na busca de acalmar os parlamentares da base aliada, que na última quarta-feira fizeram uma "greve branca" e esvaziaram o plenário da Câmara em protesto contra o governo federal.
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) vai submeter o cronograma à aprovação da presidente Dilma na próxima segunda. Pelo menos R$ 1 bilhão será liberado até o final deste mês.
Dilma foi aconselhada por sua equipe e pelo ex-presidente Lula a atender aos pedidos dos aliados para acabar com o clima de rebelião no Legislativo, que pode levar a derrotas em votações e à criação de CPI para investigar corrupção no governo.
O governo quer evitar a aprovação de projetos que possam elevar os gastos públicos no momento em que a crise econômica mundial se agrava, como a proposta de emenda constitucional 29 -que pode aumentar os gastos na área de saúde.
Ideli prometeu ainda que, a partir de agora, deputados e senadores serão avisados com antecedência de viagens da presidente Dilma e de ministros a seus Estados.
A ideia é que eles a acompanhem em inauguração de obras para ganhar visibilidade política nas bases.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), apostava que o clima de insatisfação estava sendo revertido.
"Havia resistências e estresse por não liberação de emendas e restos a pagar, cargos, desconforto por achar que o governo não valoriza a Câmara, mas esses fatores já se diluíram."
Além da demora na liberação das verbas de emendas parlamentares, deputados e senadores governistas estão irritados com a Operação Voucher da Polícia Federal.


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