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Ministra se envolveu em escândalos
DE SÃO PAULO
Sombra de Dilma Rousseff (PT) desde o início do
governo Lula, a ministra
Erenice Guerra (Casa Civil), 51, teve o nome envolvido em escândalos e polêmicas durante a passagem
da ex-chefe pelo Planalto.
Em 2008, ela foi acusada de montar um dossiê
com gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O material
serviu para constranger a
oposição na CPI dos Cartões Corporativos.
No ano passado, foi citada em denúncia de favorecimento à família do presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP). Segundo Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, Erenice marcou reunião em que Dilma tentaria interferir em investigação sobre negócios do clã.
Erenice negou participação nos dois casos. Blindada pelo governo, nunca
teve que dar explicações
no Congresso.
Formada em direito e filiada ao PT desde 1981, ela
nunca disputou eleições,
mas sempre atuou na burocracia estatal. Ocupou
postos na Eletronorte, no
governo de Cristovam
Buarque em Brasília e na
Câmara dos Deputados.
Aproximou-se de Dilma
em 2002, na transição para
a gestão petista. Logo virou sua assessora mais
próxima, com cargo comissionado no Ministério
de Minas e Energia.
Quando Dilma assumiu
a Casa Civil, em 2005, Erenice virou secretária-executiva do órgão, substituindo a titular em férias e
viagens. Em março, teve a
lealdade premiada com a
promoção a ministra. A
nomeação foi bancada por
Dilma, após uma indicação frustrada para o Tribunal de Contas da União.
Reservada, a ministra
evita dar entrevistas e prefere atuar nos bastidores.
Recebeu de colegas o apelido de "Dilma da Dilma",
por reproduzir o mesmo
estilo durão da ex-chefe.
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