São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

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Dilma defende aliada ; Serra vê maracutaia

Petista diz que oposição busca "bala de prata" para atingi-la, e tucano afirma que Casa Civil é foco de problema

Ex-ministra diz confiar em Erenice e acusa rival de perder "estribeiras'; candidato do PSDB quer apuração sobre Correios

DE SÃO PAULO
DA ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu ontem sua sucessora na Casa Civil e ex-braço direito no ministério, Erenice Guerra, das acusações de ter atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria que tem um de seus filhos, Israel, como sócio.
Dilma falou ao visitar o vice-presidente José Alencar, internado desde sexta-feira no hospital Sírio Libanês.
"Tenho certeza de que a ministra Erenice vai se defender, se é que já não se defendeu", disse Dilma.
Ela afirmou que não tinha "como fazer avaliação sobre uma matéria", mas defendeu Erenice. "Eu não escutei os lados. Agora, até hoje, ela tem a minha confiança."
O candidato José Serra (PSDB) disse que a Casa Civil se transformou em um "centro de maracutaia" durante o governo Lula, e fez críticas diretas a Dilma e a Erenice.
"A Casa Civil tem sido um foco de problema no Brasil. Eu lembro que no caso do mensalão, na época do José Dirceu, o centro foi na Casa Civil. Depois, a Dilma deixou lá seu braço direito, uma pessoa muito próxima", disse ele ontem, em Goiânia.
"De novo o centro de maracutaia é a Casa Civil. Tudo isso não pode ser encarado de forma superficial".
Serra pediu a investigação do caso Correios. "Essas denúncias têm que ser apuradas, tem que haver punição, sem diversionismo."
Dilma reagiu. "Meu adversário tem perdido todas as estribeiras, fazendo acusações sistematicamente sem provas, de forma leviana. Periga passar a eleição sendo chamado de caluniador."
"Acho que estão procurando uma bala de prata [para atingi-la]. Sinto afirmar que não terão", disse.
À noite, Serra levou o caso dos Correios e a prisão do ex-governador do Amapá ao horário eleitoral.
O programa mostrou a capa de "Veja" com acusações contra Erenice e o depoimento do presidente Lula em defesa de Waldez Goes, candidato ao Senado apoiado por Dilma investigado na Operação Mãos Limpas, que apura desvio de verba federal.


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