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Tucano estuda usar caso Erenice em debate
Evento Folha/Rede TV! será 1º confronto entre Dilma e Serra desde violações na Receita
DE SÃO PAULO
A equipe de comunicação
do candidato José Serra
(PSDB) estava reunida até o
início da noite de ontem para
traçar a estratégia de como
abordar, no debate Folha/
Rede TV!, na noite de hoje, o
suposto envolvimento da ministra-chefe da Casa Civil,
Erenice Guerra, braço direito
de Dilma Rousseff (PT), num
esquema de lobby.
O caso, revelado pela revista "Veja", junta-se ao escândalo da quebra de sigilos
fiscais de tucanos e da filha e
genro de Serra como arma
central do tucano, que está 23
pontos percentuais atrás da
petista, segundo o último levantamento Datafolha.
O uso incisivo das suspeitas contra a mais próxima assessora de Dilma durante a
passagem da petista pela Casa Civil era defendido pela
cúpula do PSDB, ontem. O
presidente do DEM, Rodrigo
Maia, tinha dúvidas sobre a
conveniência de já usar hoje
o teor da reportagem.
O caso continuará a ser
discutido hoje, mas informações sobre outros episódios
recentes que tiveram o envolvimento de Erenice, como a
produção de um dossiê com
gastos com cartão corporativo da ex-primeira-dama
Ruth Cardoso durante o governo Fernando Henrique
Cardoso, também eram levantados pelo staff serrista.
Dilma tem chamado o tucano de "caluniador" e "leviano" no episódio das quebras de sigilo. O mesmo poderia acontecer ao vincular o
caso de Erenice à candidatura petista, sem provas.
Será o primeiro encontro
dos dois principais candidatos ao Planalto desde a eclosão do caso dos acessos ilegais a dados fiscais na Receita Federal.
Também confirmaram
presença os presidenciáveis
Marina Silva (PV) e Plínio de
Arruda Sampaio (PSOL). O
debate, realizado em parceria entre a Rede TV! e a Folha, na sede da emissora, será dividido em cinco blocos.
A cúpula da campanha
petista considera o embate
de hoje o mais difícil até agora por causa das acusações
de responsabilidade pela
quebra de sigilo.
Segundo integrantes da
campanha, Dilma deverá se
concentrar em falar dos
avanços do governo Lula. Se
atacada, entretanto, estará
municiada para revidar.
A preparação se concentra
em fazer com que a petista
mantenha a calma mesmo
sob ataques e que possa usar
perguntas agressivas para
falar de seus projetos ou do
governo Lula.
Marina irá focar no discurso de que um segundo turno
é necessário para se conhecer melhor os candidatos e
que ela é a melhor alternativa à petista, e poderá voltar a
atacar o tucano.
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