São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

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Tucano estuda usar caso Erenice em debate

Evento Folha/Rede TV! será 1º confronto entre Dilma e Serra desde violações na Receita

DE SÃO PAULO

A equipe de comunicação do candidato José Serra (PSDB) estava reunida até o início da noite de ontem para traçar a estratégia de como abordar, no debate Folha/ Rede TV!, na noite de hoje, o suposto envolvimento da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito de Dilma Rousseff (PT), num esquema de lobby.
O caso, revelado pela revista "Veja", junta-se ao escândalo da quebra de sigilos fiscais de tucanos e da filha e genro de Serra como arma central do tucano, que está 23 pontos percentuais atrás da petista, segundo o último levantamento Datafolha.
O uso incisivo das suspeitas contra a mais próxima assessora de Dilma durante a passagem da petista pela Casa Civil era defendido pela cúpula do PSDB, ontem. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, tinha dúvidas sobre a conveniência de já usar hoje o teor da reportagem.
O caso continuará a ser discutido hoje, mas informações sobre outros episódios recentes que tiveram o envolvimento de Erenice, como a produção de um dossiê com gastos com cartão corporativo da ex-primeira-dama Ruth Cardoso durante o governo Fernando Henrique Cardoso, também eram levantados pelo staff serrista.
Dilma tem chamado o tucano de "caluniador" e "leviano" no episódio das quebras de sigilo. O mesmo poderia acontecer ao vincular o caso de Erenice à candidatura petista, sem provas.
Será o primeiro encontro dos dois principais candidatos ao Planalto desde a eclosão do caso dos acessos ilegais a dados fiscais na Receita Federal.
Também confirmaram presença os presidenciáveis Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). O debate, realizado em parceria entre a Rede TV! e a Folha, na sede da emissora, será dividido em cinco blocos.
A cúpula da campanha petista considera o embate de hoje o mais difícil até agora por causa das acusações de responsabilidade pela quebra de sigilo.
Segundo integrantes da campanha, Dilma deverá se concentrar em falar dos avanços do governo Lula. Se atacada, entretanto, estará municiada para revidar.
A preparação se concentra em fazer com que a petista mantenha a calma mesmo sob ataques e que possa usar perguntas agressivas para falar de seus projetos ou do governo Lula.
Marina irá focar no discurso de que um segundo turno é necessário para se conhecer melhor os candidatos e que ela é a melhor alternativa à petista, e poderá voltar a atacar o tucano.


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