DE BELO HORIZONTE

O ministro petista Alexandre Padilha (Relações Institucionais), licenciado para atuar na campanha de Dilma Rousseff (PT), deve desembarcar hoje à noite em Belo Horizonte com a tarefa de injetar ânimo e organizar a campanha da presidenciável em Minas, que se desmantelou com a derrota da aliança PMDB-PT.
Apesar da vitória de Dilma em Minas com 47% dos votos válidos, contra 31% de José Serra, o abatimento com a derrota para o PSDB de Aécio Neves no governo e no Senado, afetou PT e PMDB.
Padilha terá a missão de pôr ordem na campanha, que até agora está acéfala de organizadores regionais. Ainda não há campanha de segundo turno.
Como agravante, Padilha vai a Minas sabendo que a derrota eleitoral aumentou a fissura no PT entre o ex-ministro Patrus Ananias -que concorreu como candidato a vice-governador de Hélio Costa (PMDB)- e o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, derrotado para o Senado.
Na semana passada, Patrus já não deu as caras. Foi Pimentel quem conduziu a presidenciável em campanha por BH e Ribeirão das Neves.
Escalado pelo presidente Lula, há uma semana o vice-presidente José Alencar tentou recompor a base dilmista e cobrou organização. Por ser respeitado por líderes do PT e do PMDB, seu nome era o único de Minas tido como capaz para tal papel.
Mas, como até agora pouca coisa andou, Padilha vai entrar em cena, e chegará orientado a deixar Patrus, Pimentel e Hélio Costa sem atribuições de coordenador.
Essas funções devem ser entregues a deputados nas suas respectivas regiões. O ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o prefeito de BH, Marcio Lacerda, ambos do PSB, ajudam na articulação dos prefeitos. (PAULO PEIXOTO)


Texto Anterior: Dilma quer usar máquina eleitoral de Cabral
Próximo Texto: Amazonas: PF faz busca e apreende documentos em comitê de dois senadores eleitos
Índice | Comunicar Erros