JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

O Círio de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do mundo, levou na manhã de domingo cerca de 2,2 milhões de pessoas às ruas de Belém (PA). A procissão correu sem problemas graves.
Realizada em ano eleitoral, o evento foi acompanhado tanto pela governadora Ana Júlia Carepa (PT) como pelo ex-governador Simão Jatene (PSDB), que disputam o segundo turno no Estado.
Devido ao Círio, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permitiu que as emissoras locais que estivessem transmitindo a procissão ao vivo não passassem o horário eleitoral gratuito transmitido às 13h.

PROCISSÃO
O cortejo de anteontem demorou 5 horas e 30 minutos, o que é considerado rápido. Começou por volta das 6h30 e terminou às 12h. Em 2004, a cerimônia levou nove horas.
Durante o percurso, a multidão de fiéis segue uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré desde a Igreja da Sé até a Igreja Basílica. O trajeto tem 3,6 quilômetros.
Ao final, a imagem é devolvida a seu santuário, numa praça em frente à Basílica, onde é feita uma cerimônia.
Como é tradicional -esta foi a 218ª edição do Círio na cidade-, o local mais dramático e extenuante da procissão foi a corda, que fica atrelada à berlinda na qual a imagem da santa é colocada.
Sob sol forte e temperatura por volta de 33º C, milhares de pessoas lutavam para conseguir segurar ou mesmo tocar os 400 metros da corda.
Outro momento dramático ocorreu quando as pessoas que estavam pagando promessas chegaram à praça do santuário. Alguns deles faziam o trajeto de joelhos.
Quase todos saem horas antes da imagem partir da Sé. Ao final, boa parte precisa de tratamento médico. A edição deste ano foi a mais cara da história (R$ 2 milhões) e chegou a ser um dos temas mais citados no Twitter.


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