São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Para Dilma, salário de ministros está "muito defasado"

Lalo de Almeida/Folhapress
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a sucessora, Dilma Rousseff, se cumprimentam no hotel em Seul, Coreia do Sul

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A SEUL

Em visita à Coreia do Sul, a presidente eleita Dilma Rousseff disse que, se não houver aumento salarial no Executivo, "não vamos ter ministros no Brasil".
A futura presidente se recusou, no entanto, a falar sobre eventuais reajustes nas remunerações dos integrantes do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Nessa história [aumento do salário do Legislativo vinculado a um aumento para o presidente], eu sou a última a saber", afirmou Dilma.
"Agora, de fato alguma coisa vai ter de ser feita em relação ao salário dos ministros. Porque, caso contrário, nós não vamos ter ministros no Brasil. É muito defasado em relação ao mercado", disse, em rápida entrevista a jornalistas brasileiros no saguão do hotel onde está hospedada para participar da cúpula do G20.
Nesta semana, a Folha revelou que os congressistas pretendem vincular o aumento de seu próprio salário ao de Dilma e dos ministros.
Os congressistas argumentam que estão há cerca de três anos com o mesmo salário. O salário do presidente está em R$ 11.420,21. Deputados e senadores ganham R$ 16.512,09, mais benefícios. Já os ministros recebem R$ 10.748,43 brutos.

MANTEGA
Dilma, que fez a viagem de 25 horas a Seul ao lado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não discutiu sobre a permanência dele em sua equipe no próximo governo.
"Não tratamos disso não. Nem tinha sentido tratar dessa questão", disse.
A presidente eleita também afirmou que ainda não chegou a hora de anunciar seu ministério. "Quando for anunciar, vou anunciar direitinho, não vou especular."


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