São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Sem autoridade

No Council on Foreign Relations, "conclamações pela redução coordenada dos desequilíbrios", feitas pelos EUA, "estão sendo eclipsadas pelas críticas à ação do Fed", feitas por China, Alemanha, Brasil.
O "Wall Street Journal" de Rupert Murdoch foi mais direto, em sua manchete on-line à noite, "Hu rejeita [rebuffs] Obama enfraquecido". Abaixo, "retomada econômica anêmica e surra eleitoral deixam os líderes mundiais questionando a autoridade dos EUA".
Antes no "WSJ", "Obama é desafiado [challenged] a defender a política do Fed". Abrindo o texto, "Lula disse na quinta que pressionaria Obama a explicar as ações recentes do Fed, que, acreditam os brasileiros, terão implicações negativas para vários países".

//ALERTA DE BOLHA

No alto da home do "Financial Times", a reportagem "Corrida para ações levanta temor de uma bolha em preparação nos Brics" alerta que "o dinheiro está indo para lugares bem tangíveis" -o pré-sal no Brasil e outros três, na Rússia, na Índia e na China, investimentos controlados por empresas de capital aberto que vêm apresentando saltos nas Bolsas regionais. Cita analistas que veem "uma bolha nos Brics, inflada ainda mais pelo Fed".
Em entrevista à BBC Brasil sobre o G20, o representante brasileiro no FMI, Paulo Nogueira Batista Jr., disse que "o Brasil deve concentrar esforços nas medidas que possa tomar no âmbito local, porque no global vai demorar".

Stiglitz vs. Fed Joseph Stiglitz, ex-assessor econômico do governo Clinton, se juntou ao coro americano de ataques ao Fed. Ao canal financeiro CNBC, ao "WSJ" e às agências, em Hong Kong, declarou que "desvalorização competitiva é uma forma de crescimento que vem em prejuízo de outros" e "deverá trazer problemas para a economia global". Apontando "risco de bolha nos emergentes", principalmente Índia, defendeu que recorram a controles de capital.

Greenspan vs. Fed A crítica feita anteontem pelo ex-presidente do Fed a seu sucessor, Ben Bernanke, que estaria "buscando uma política de enfraquecimento da moeda", foi respondida ontem pelo próprio secretário do Tesouro, Timothy Geithner. Dizendo ter "enorme respeito por Greenspan", com quem trabalhou "por anos", Geithner declarou à CNBC: "Não vamos jamais buscar enfraquecer nossa moeda como um meio de obter vantagem competitiva".

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//A CHINA COMPRA O MUNDO

Com a ilustração e o enunciado acima, na capa, a "Economist", a exemplo do "Barron's" dias antes, destaca as aquisições chinesas ao redor do mundo, "fazendo ofertas por tudo, do gás americano à energia elétrica brasileira".
Enfatiza no editorial que não vê problema, "O mundo deve se manter aberto para os negócios". Anota que nem todas as grandes empresas chinesas são estatais. E que, "quanto mais investir, mais seus interesses se alinharão aos do resto do mundo". Na reportagem, intitulada "Como é ser comprado por uma firma chinesa", é menos otimista.

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PASSOU Após o apoio dos EUA à Índia e do Reino Unido ao Brasil, a "Economist" apoiou a reforma da ONU dizendo que "o momento unipolar da América passou"

"Deadlock" O colunista de política externa do "FT", Gideon Rachman, comentando os apoios dos últimos dias à Índia e ao Brasil no Conselho de Segurança, ironizou que "está na moda", garante "aplausos e gratidão", mas listou os adversários de ambos e de outros candidatos e previu, de novo, "beco sem saída". Hillary diz não No vaivém do esforço diplomático de agendar uma reunião entre Europa, EUA e o Irã, para buscar um acordo sobre o programa nuclear, o destaque da ABC News anunciava ontem, apesar da pressão crescente de Teerã, "Secretária Clinton: não exite um papel para Turquia e Brasil nas negociações com o Irã".



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