São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011

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Varejo sente efeito de medidas e vendas têm queda em fevereiro

Redução foi de 0,4%, primeiro resultado negativo em 9 meses

PEDRO SOARES
DO RIO

Até então mais explícito no setor de veículos, o impacto das medidas do Banco Central para conter as vendas a crédito já reverbera em mais segmentos. É o que revelam os dados do desempenho do varejo em fevereiro, divulgados ontem pelo IBGE.
As vendas do comércio varejista como um todo recuaram 0,4% de janeiro para fevereiro, ante alta de 1,1% de dezembro para janeiro. Trata-se do primeiro resultado negativo em nove meses.
As vendas de veículos, que tinham caído 7,2% em janeiro, tiveram retração mais amena em fevereiro, de 1,1%.
Em contrapartida, outro ramo dependente do crédito e de grande peso no índice do IBGE, o de móveis e eletrodomésticos, foi mais afetado. Suas vendas recuaram 2,8% de janeiro a fevereiro.
Também tiveram desempenho negativo os ramos de informática e material de construção, cujas vendas cederam 3,1% e 1,5% de janeiro a fevereiro, respectivamente.
Segundo os dados do BC, o crédito perdeu força e cresceu em fevereiro 1,4%. Ainda assim, acumulou alta de 22,8% para pessoas físicas em 12 meses.
Para Carlos Thadeu de Freitas, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), o BC conseguiu segurar o crédito e represar parcialmente as vendas, mas o comércio ainda manterá um "dinamismo moderado" neste ano graças ao câmbio (que barateia importados), à renda em alta e ao emprego ainda em expansão.
A CNC prevê um crescimento na faixa de 6% do varejo neste ano. A consultoria LCA também crê num desempenho mais modesto do comércio em 2011.


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