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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Dossiê do PT é crime, acusam tucanos
Virgílio defende que Justiça seja acionada; petistas dizem que não pediram dados sigilosos de Eduardo Jorge
Para Itagiba (PSDB), houve quebra de sigilo fiscal; presidente do PT chamou denúncia de "ridícula" e "absurda"
DO ENVIADO A SALVADOR
DE BRASÍLIA
DO ENVIADO A ITU
Líderes tucanos reunidos
na convenção do PSDB foram uníssonos ao acusar o
PT de crime de quebra de sigilo fiscal por ter acessado,
por meio de uma "equipe de
inteligência", dados financeiros e fiscais particulares
do vice-presidente executivo
do PSDB, Eduardo Jorge.
O caso foi revelado ontem
pela Folha. Os documentos
indicavam três depósitos de
R$ 1,3 milhão na conta de
Eduardo Jorge. Os dados só
estavam disponíveis na Receita Federal e no computador do próprio tucano.
Para o deputado federal
Marcelo Itagiba (RJ), houve
"crime de quebra de sigilo
fiscal". Já o senador Arthur
Virgílio (AM) disse que o caso
mostra uma "prática nojenta" na política.
"Fomos vítimas de dossiê
o tempo todo. Ninguém ouviu falar que FHC fez dossiê
contra o Lula", disse.
Ele defende que a Justiça
comum seja acionada.
O caso chegou aos discursos na convenção. Coube ao
presidente tucano, Sérgio
Guerra, citar o episódio indiretamente: "Nada nos levará
à política dos dossiês".
O presidente do PT, José
Eduardo Dutra, chamou de
"ridícula" e "absurda" a revelação do caso.
"Essa denúncia é absolutamente ridícula, ela não se
sustenta, até porque a matéria inventou um novo tempo
verbal que é o pretérito do futuro, porque fala: "uma equipe que estaria sendo formada
produziu um dossiê", sem
qualquer informação, qualquer ligação com o PT".
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que nem o PT nem
o comando de campanha de
Dilma têm responsabilidade
pelos dados que teriam sido
levantados sobre o tucano.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza
(PT-SP), foi na mesma linha:
"Não pedimos, não fizemos,
não divulgamos nenhum
dossiê, nenhuma investigação sobre Eduardo Jorge".
Questionada sobre o caso,
a candidata Marina Silva
(PV) disse que quem faz "arapongagem e investigações
paralelas" deve ser "duramente punido".
Serra e Dilma não comentaram o caso.
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