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Caso gerou ações judiciais e marcou o PT
DA ENVIADA A ARACATI
O episódio dos dólares na
cueca gerou a abertura de
duas investigações na Justiça
-uma na área criminal e outra na cível. Essa última está
mais adiantada e já foi recebida pela Justiça.
Dez pessoas e três empresas foram denunciadas por
improbidade administrativa.
Algumas chegaram a ter seus
bens bloqueados e sigilos telefônicos e bancários quebrados, entre elas a mulher
de José Adalberto Vieira da
Silva, Raimunda Lima.
Ela comprou um carro Corsa 0 km no valor de R$ 36 mil
quatro dias antes de o marido
ser preso com o dinheiro na
cueca e não conseguiu explicar a origem do recurso.
Na semana passada, a Polícia Federal em Fortaleza
concluiu o inquérito que irá
balizar a decisão do Ministério Público na área criminal.
Entre os acusados está o
deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), de quem o então dirigente do PT cearense
José Adalberto Vieira da Silva -que estava com o dinheiro na cueca- era assessor parlamentar.
O caso derrubou o deputado José Genoino (SP), presidente nacional do PT àquela
época, e mergulhou o partido
ainda mais na crise do mensalão. A situação de Genoino
ficou insustentável no partido e ele deixou seu comando.
Delúbio Soares, tesoureiro, e Silvio Pereira, secretário-geral do partido à época,
ambos acusados de operarem o esquema do mensalão,
caíram em seguida.
A peculiaridade do caso
mereceu um texto dos procuradores Marcio Andrade Torres e Alexandre Marques, em
que narravam o destino que
Adalberto teria a partir dali.
"Toda a sua trajetória estaria borrada para sempre. Logo veio à mente que seria motivo de chacota, até mesmo
fantasia no próximo Carnaval, em razão do local onde
foram encontrados os dólares. A imprensa logo alardeou: Acharam dólares na
cueca", afirmam no texto.
Para eles, o problema, segundo paráfrase de Carlos
Drummond, é que "tinha um
raio-x no meio do caminho. E
agora, José?".
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