São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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Previsão de gasto para o Senado sobe 48%

Custo anunciado para campanha é de R$ 121 mi, ante os R$ 81,7 mi estimados em 2006

BRENO COSTA
DE SÃO PAULO

Os candidatos ao Senado por São Paulo preveem um gasto recorde de R$ 121 milhões, 48,2% mais do que o estimado em 2006, que foi de R$ 81,7 milhões (valores já corrigidos pelo IPCA).
Na disputa pelo governo do Estado, a diferença entre os custos previstos em 2006 e neste ano é de apenas 7,2%.
Estão em disputa duas vagas no Senado neste ano, contra uma em 2006, mas o total de candidatos é menor: 15 nomes contra 19 em 2006.
Os valores apresentados ao TRE são estimativas. Os gastos declarados após a eleição em geral são menores que os previstos: em 2006 a soma foi de R$ 6,4 milhões.
O candidato do PMDB ao Senado neste ano, Orestes Quércia, prevê gastar R$ 23 milhões. Em 2006, a hoje vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio (PMDB), estimou gastar R$ 10 milhões em sua campanha, mas declarou apenas R$ 151,6 mil.
Ao todo, o patrimônio dos 15 candidatos é de R$ 142,8 milhões. Quércia lidera com R$ 117,5 milhões. Sua fortuna, contudo, diminuiu 12,7% em relação a 2006.
Quem também diz ter perdido patrimônio (86,6% em dois anos) foi o vereador Netinho de Paula, candidato do PC do B, que diz ter passado um sítio para seus filhos.
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) é a segunda mais rica na disputa pelo Senado: R$ 11,9 milhões (aumento de 7,3% em relação a 2008).

RIO
O patrimônio de Cesar Maia (DEM), ex-prefeito do Rio e candidato ao Senado, encolheu de R$ 1,7 milhão, na declaração entregue em 2004, para R$ 73.054 -um decréscimo de 95,7%. Ele afirma que transferiu seus imóveis a seus filhos e netos.
Dos 11 candidatos ao Senado no Rio, Maia só fica à frente de Wladimir Mutt (PCB), que declarou um automóvel de R$ 25 mil, do ex-pagodeiro Waguinho (PT do B) e de Heitor Fernandes Filho (PSTU), que não declararam bens.
Já o maior patrimônio é o de Jorge Picciani (PMDB): R$ 11,266 milhões. Em relação a 2006, ele aumentou 45%.
Os bens de Lindberg Farias (PT), ex-prefeito de Nova Iguaçu, somam R$ 194.861 (terrenos e poupança). Em 2004, ele não declarou bens.
O ex-jogador Romário, candidato a deputado federal pelo PSB, declarou bens no valor de R$ 883,6 mil.

Colaboraram FERNANDO GALLO, de São Paulo, e JANAINA LAGE, do Rio


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