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EUA proíbem tesoureira da Universal de voltar ao Brasil
Regina da Silva é acusada de fraude em empréstimo de R$ 40 mi
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
A tesoureira da Igreja Universal nos Estados Unidos
Regina da Silva, 41, está proibida de voltar ao Brasil por
tempo indeterminado.
A próxima audiência do
processo contra ela está marcada para o dia 15 de setembro -quando, no entanto,
não deve ocorrer o julgamento final, ainda sem data.
Da Silva é acusada pela
Promotoria de Justiça de Nova York de armar um esquema de fraudes e falsificações
para a obtenção de empréstimos hipotecários no valor de
US$ 22 milhões (pouco menos de R$ 40 milhões).
Na semana passada, ela
foi levada de algemas a um
tribunal de Nova York, onde
ouviu as acusações e se declarou inocente. A tesoureira
deixou a corte depois de pagar fiança de US$ 10 mil
(R$ 17,5 mil) e ter o seu passaporte apreendido.
Procurado pela Folha, o
advogado de defesa da brasileira, Andrew Lankler, se recusou a comentar o caso e
afirmou que a tesoureira não
daria entrevistas.
Os promotores envolvidos
na investigação também se
negaram a falar, sob o argumento de que o processo ainda está em andamento.
Segundo comunicado divulgado na semana passada
pela promotoria, Da Silva enganou o governo e o Signature Bank ao fraudar solicitações de 11 empréstimos feitos
em nome da Igreja Universal.
Entre março de 2006 e outubro de 2008, de acordo
com os promotores, a tesoureira declarou falsamente,
em seis petições, ter feito reuniões em duas unidades da
Universal de Nova York para
que os fiéis aprovassem os
empréstimos hipotecários.
Mas, diz a acusação, as
reuniões nunca ocorreram. O
destino do dinheiro ainda é
alvo de investigação.
Da Silva é acusada de
apropriação indébita, falsificação de documentos, declaração falsa e esquema fraudulento. As penas variam de
4 a 25 anos de prisão.
Na semana passada, a defesa argumentou que Da Silva não foi a beneficiária das
transações, mas sim a Igreja
Universal, que não é alvo do
processo. A defesa afirmou
também que ela cumpriu a
maior parte das exigências
legais para assegurar as hipotecas pedidas.
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