São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Deixa estar

Ainda que nos bastidores expressem insatisfação com o tratamento dispensado a Dilma Rousseff na bancada do "Jornal Nacional", em seu entender mais rigoroso do que o dado a José Serra (PSDB), membros do comando da campanha petista resolveram medir as palavras a esse respeito e nem mesmo no Twitter liberaram um discurso virulento contra a Rede Globo. Eventuais cobranças ocorrerão em privado.
O objetivo é evitar que um contencioso com a maior emissora de TV do país atrapalhe a candidata, sobretudo diante da meta, cada vez mais escancarada pelos petistas, de tentar liquidar a fatura no primeiro turno.



Ele disse De Rui Falcão, integrante da coordenação da campanha petista: "Não me manifestei por acreditar que o testemunho do Roberto Jefferson fala por si". Aliado de Serra, o presidente do PTB afirmou no Twitter que a entrevista do tucano no "JN" foi "mais amena" que a de suas duas adversárias.

Exemplo Lula está cumprindo ele mesmo a ordem dada aos ministros para que não deixem sem resposta os ataques da oposição. Ontem, em evento oficial, o presidente desatou a falar sobre sua atuação em defesa da valorização de servidores de carreira, um dia depois de Serra ter apontado aparelhamento do Estado durante os mandatos do petista.

Ufa! Em evento com o Conselho Nacional da Juventude, ontem, Lula contou que, quando se elegeu deputado federal, em 1986, comprou um terno "chiquérrimo e amarelo", com o qual parecia "uma arara". Na plateia, alguém brincou: "Ainda bem que não foi um tucano!".

Viu só? Na tentativa de acalmar o presidente do DEM, Rodrigo Maia, que agora fala mal de Serra dia sim e outro também, alguns "demos" observavam ontem que o tucano se esmerou nos elogios ao partido aliado na entrevista dada à Globonews.

Parceria A dobradinha mais atuante no debate da Band, ontem à noite, feita entre os candidatos do PT e do PP para fustigar Geraldo Alckmin (PSDB), já ganhou apelido: Mercamanno.

Na plateia Serra riu satisfeito quando Alckmin disse que Mercadante, como senador, nunca fez nada por São Paulo. Já Marta Suplicy queria pedir direito de resposta quando o tucano afirmou que ela, à frente da prefeitura da capital, reduziu o investimento em educação.

Viral 1 O PC do B entrou na Justiça para tentar retirar do YouTube um vídeo em que Netinho, candidato ao Senado por SP, aparece cantando um de seus sucessos, dublado em versão cuja letra prega agressão às mulheres. O tema assombra a biografia do candidato e já o levou a pedir desculpas públicas.

Viral 2 O caso do vídeo azedou ainda mais a complicada relação entre as campanhas de Netinho e de sua companheira de chapa, Marta Suplicy. Um dos coordenadores da petista repassou o link a dezenas de pessoas. Marta ligou ontem a Netinho para pedir desculpas.

Visitas à Folha Maria Inês Valente, corregedora-geral da Polícia Civil de SP, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Denis Castro, delegado divisionário de assistência policial.

Marcelo Henrique Pereira, presidente eleito da Fenastc (Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil), visitou ontem a Folha. Estava com Patrícia Dantas, assessora de imprensa.


com LETÍCIA SANDER e ANDREZA MATAIS

tiroteio

"A Rede Globo deu ao Serra um verdadeiro comício eletrônico no 'Jornal Nacional'".
DO DEPUTADO HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB-RN), acusando a emissora de ter "pegado leve" com o tucano em entrevista anteontem ao telejornal.

contraponto

Gato de luz

Nos anos 70, um funcionário da empresa de energia elétrica do Paraná dirigiu-se à casa do então deputado federal Maurício Fruet para medir o consumo. Tendo encontrado o portão trancado, foi embora e limitou-se a registrar na planilha: "cachorro bravo".
Dias depois, Fruet recebeu uma conta mais salgada que de costume. No próprio documento, ele escreveu a queixa em seguida enviada à companhia:
-Não tenho cachorro, só gato. Até hoje ele nunca latiu nem mordeu ninguém. Peço revisão da conta.


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