São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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TSE derruba "verticalização" no horário eleitoral gratuito

Presidenciáveis sempre poderão aparecer em programas de seus partidos

Na BA, PT e PMDB são rivais, mas Dilma pode fazer programa para os dois, porque eles estão juntos nacionalmente

FELIPE SELIGMAN
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu ontem derrubar a "verticalização" da propaganda eleitoral, que havia sido imposta pelo próprio tribunal no final de junho.
Os ministros entenderam que um candidato à Presidência e o próprio presidente Lula podem participar de programas de rádio e TV de candidatos a governador ou senador de seu partido, mesmo que eles estejam unidos regionalmente com partidos rivais em nível nacional.
Dos 7 magistrados do TSE, 4 também possibilitaram que os presidenciáveis, além do próprio presidente, participem dos programas de candidatos adversários na disputa ao governo de Estado quando seus partidos estão ligados nacionalmente.
É o caso, por exemplo, da Bahia, onde o PT é rival do PMDB, partidos que compõem a chapa de Dilma Rousseff à Presidência.
Lá, o petista Jaques Wagner disputa a eleição com o peemedebista Geddel Vieira Lima. Pela decisão do TSE, Dilma poderá aparecer, se quiser, tanto nos programas de rádio e TV de Wagner, como nos de Geddel.
Apenas Marco Aurélio Mello, Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani entenderam que Lula e sua candidata, por exemplo, só poderiam aparecer nos programas de Wagner, por serem todos do PT. "O candidato em nível nacional teria muita dificuldade em agradar a gregos e troianos", disse Marco Aurélio.
Em junho, o TSE havia tomado uma decisão que impediria a maioria dos candidatos a governador e senador de usar as imagens de Lula e dos candidatos à Presidência.


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